Olá gente lindaaa!!!
Hoje, último dia do mês de maio e eu venho trazer minha segunda crônica (acho que o texto abaixo é uma crônica...) do Projeto Música em Crônica.
Conheça o Projeto Música em Crônica
Confiram minha primeira crônica: Destino
Antes da crônica, propriamente dita, lhes apresento a música que me inspirou "Amei te Ver", do lindo, maravilhoso, talentoso e fofo Tiago Iorc.
Amei rever você
O dia estava lindo, de fato. Ela, entretanto, não tinha tempo para apreciá-lo. Estava sempre ocupada, sempre correndo, sempre tentando estar um passo á frente, sempre tentando antecipar as coisas e, assim, dar conta de tudo. Hoje não seria diferente.
Muitas coisas a resolver, pessoas com quem falar, telefonemas a fazer e muito trabalho externo a realizar. Por isso, ao ser finalmente atendida após vários minutos de espera, ela levou um tempo grande demais para notar que o homem que a atendia lhe parecia familiar. Familiar demais.
Agora, agindo no modo “piloto automático” enquanto concluía o que viera fazer, ela tentava se lembrar qual fora a última vez que o vira. Muito anos atrás, concluiu. Ele está em silêncio enquanto checa alguns dados no computador e parece concentrado na tela diante dele, de modo que ela tem a oportunidade de observá-lo mais atentamente. Pouca coisa mudou além do fato de que agora ele é um homem.
As mãos dela estão suando e ela não sabe com que fazer com ela, ora as coloca sobre a mesa, ora sobre o colo... está inquieta. Por que? Ela já não pensava mais nele, afinal há muito deixou de ser uma adolescente ingênua de sonhos românticos e irreais, ela se se tornara uma mulher independente. Mas, por que após quinze anos ele parece ter o mesmo efeito sobre ela? Ele nem ao menos parece tê-la reconhecido. Ela, por outro lado, não consegue deixar de se lembrar dos momentos compartilhados, das risadas, das lágrimas... De tudo aquilo que poderiam ter sido, mas não foram.
Ela até duvidou que fosse mesmo ele, mas bastou um olhar sobre o nome indicado no crachá usado por ele. Será coincidência demais se além do mesmo rosto, um desconhecido possuísse o mesmo nome daquele por quem ela fora apaixonada há tanto tempo. E por quem chorara por muito tempo, também.
Ele finaliza o atendimento e não demonstra qualquer sinal de reconhecimento. “Melhor assim”, pensa. Ao se levantar, após um rápido agradecimento, ela começa a se afastar da mesa do gerente...
- Você está linda. Amei rever você... – ela o ouve dizer baixinho e, por um segundo ou dois ela para, mas não olha para trás.
Segue o caminho até a porta.
“Eu também”, ela pensa, mas não diz. “Eu também”.
***
Como eu disse na postagem da crônica passada, ainda não estou segura sobre o gênero, por isso aceito sugestões, ok!
***
Espero que gostem!!
Beijos e amassos!!
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