Editora: LeYa
Autor(a): Amanda Lovelace
Número de páginas: 208
Sinopse: Amor e empoderamento em versos que levam os contos de fada à realidade feminina do século XXI A princesa salva a si mesma neste livro, de Amanda Lovelace, é comparado ao fenômeno editorial Outros jeitos de usar a boca, de Rupi Kaur, com o qual compartilha a linguagem direta, em forma de poesia, e a temática contemporânea. É um livro sobre resiliência e, sobretudo, sobre a possibilidade de escrevermos nossos próprios finais felizes. Não à toa A princesa salva a si mesma neste livro ganhou o prêmio Goodreads Choice Award, de melhor leitura do ano, escolha do público. Esta é uma obra sobre amor, perda, sofrimento, redenção, empoderamento e inspiração. Dividido em quatro partes ("A princesa", "A donzela", "A rainha" e "Você"), o livro combina o imaginário dos contos de fada à realidade feminina do século XXI com delicadeza, emoção e contundência. Amanda, aclamada como uma das principais vozes de sua geração, constrói uma narrativa poética de tons íntimos e cotidianos que acolhe o leitor a cada verso, tornando-o cúmplice e participante do que está sendo dito.
Olá gente lindaaa!
Acho que caí nas graças das poesias feministas! Em julho, li
"O que o sol faz com as flores", de
Rupi Kaur, e me apaixonei. Ao procurar outros livros que o mesmo tipo de poesia, acabei me deparando com
"A princesa salva a si mesma neste livro", e não deu outra: amei forte! Esse livro é o primeiro da trilogia
"As mulheres têm uma espécie de magia", seguido por
"A bruxa não vai para a fogueira neste livro", já publicado no Brasil, e
"The Mermaid's Voice Returns in this One" (ainda inédito por aqui).
O livro, dividido em quatro partes (A princesa, A donzela, A rainha e Você), traz poesias sensíveis e ao mesmo tão fortes, tão reais, tão cruas... E vamos lendo, nos chocando e nos solidarizando.
Segundo informações presentes do site oficial da autora, as três primeiras partes (compostas de poesias sobre amor, perda, tristeza, abuso(?)), reúnem a vida da autora, o que faz com que as poesias sejam ainda mais impactantes. A quarta parte, com poesias mais inspiradoras, sobre cura, empoderamento, capacitação, etc., serve como uma nota ao leitor, um tipo de incentivo.
A Princesa (Parte I)
Nesta parte, as poesias focam bastante na relação da autora com o próprio corpo, com o próprio peso, como a constante imposição de um padrão de beleza inalcançável, com relacionamentos amorosos abusivos e, também, em sua relação problemática com uma mãe que, ao que parece, era ausente. Abaixo, dois das minhas poesias favoritas dessa parte:
"paus & pedras
nunca quebraram
meus ossos,
mas palavras
fizeram eu
me deixar morrer de fome
até
você poder
ver todos eles."
- pele e osso. (página 26)
- o silêncio sempre foi o meu grito mais alto (página 40)
O segundo poema transcrito acima, trata-se, na verdade, do título de um poema em branco. O quão forte e certeiro é se deparar com uma página em branco e constatar que todo o "silêncio" contido na página é, na realidade, um grito? Confesso que fiquei arrepiada.