Editora : Intrínseca
Autor(a): John Green
Número de Páginas: 288
Sinopse: Em A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
Olá gente linda!!!
Antes de mais nada quero dizer que não há sinopse alguma capaz de preparar o coração do leitor para o que vem a seguir. "A Culpa é das Estrelas" me arrancou boa risadas com o senso de humor um tanto quando ácido dos personagens, mas também me fez chorar.... mas como podemos ver na capa, em um comentário do autor Markus Zysak (A Meninas que Roubada Livros): "Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais." É exatamente o que acontece.
Eu não consigo imaginar qual deve ser a sensação de saber que se está morrendo. Mas Hazel sabe. Seus pais e seu médico acham que ela está um tando quanto depressiva nos últimos tempos e, dizem que é um efeito colateral do câncer. Para ela, esse é um efeito colateral de se estar morrendo.
Ela tem câncer de tireoide com metástase nos pulmões, por isso ela precisa da ajuda de cilindros de oxigênio para respirar "normalmente".
Ela frequenta um grupo de apoio, especial para crianças doentes, ou seja, todos os frequentadores tiveram ou têm algum tipo de câncer. Ela não gosta de frequentar as reuniões do grupo, na verdade é quase que obrigada pela mãe a participar delas. Mas, certo dia, em uma dessas reuniões que tendem a ser chatas e repetitivas, com frases de estímulo e motivação que na realidade não significam nada, ela nota um novo integrante. Na verdade, não é que ela o tenha notado, é que ele a ficou encarando descaradamente. E ele é LINDO. Mesmo. O nome dele é Augustus Waters. Augustus teve osteossarcoma e, por isso teve um das pernas amputadas. Está sem qualquer indício de câncer a mais de um ano.
Gente, é aí que você (leitor) começa a rir sozinho. Augustus (Gus) tem um senso de humor incrível! É uma máquina de fazer metáforas e tem as melhores tiradas (ever)! E até o tal humor negro que ele usa às vezes, acaba te arrancando boas risadas. Ele é incrível! Tão incrível que até Hazel, com seu coração metido a durão, não será capaz de resistir por muito tempo e, o fato de Gus não desistir fácil vai ajudar bastante.
"- O.k. - ele disse, depois do que pareceu ser uma eternidade. - Talvez o.k. venha a ser o nosso sempre. - O.k. - falei. E foi o Augustus quem desligou." (página 72)
Hazel se vê como uma granada. Embora não fique se lamentando pela doença, nem nada. O que ela teme é que possa machucar as pessoas. Então... para quê mantê-las por perto e aumentar o número de vítimas quando chegar o momento da explosão? Mas... Augustus sabe o que está fazendo, né?! Que sentido tem em tentar afastar um suicida?
"- Obrigada por se oferecer para vir aqui.
- Você sabe que tentar me manter a distância não vai diminuir o que eu sinto por você. - ele disse.
- Talvez? - falei.
- Todos os esforços para me proteger de você serão inúteis. - ele disse." (página 116)
Hazel é uma leitora voraz e tem como livro de cabeceira, Uma Aflição Imperial (livro fictício) que, conta a história de Anna, uma jovem portadora de leucemia. Mas, apesar de amar e se identificar com o livro, Hazel não consegue se conformar com o final "sem final" do livro. O livro termina no meio de uma frase.... assim, do nada. Após compartilhar esse livro com Augustus e deixá-lo igualmente inconformado, ele partirão para uma aventura em Amsterdã para encontrar o autor do livro e obter algumas respostas. Ahh... nada será como eles planejaram. Mas, será inesquecível para ambos.
"Quando os lábios semiabertos dele encontraram os meus, comecei a sentir uma falta de ar totalmente inédita e fascinante." (página 185)
Uma história de amor. Uma história de dor. Uma história de luta.
Um livro que vai ficar na minha cabeça por um bom tempo... um livro que me ensinou várias coisas... até que existem infinitos maiores que outros.
"Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e eu sou muito grata por isso." (página 235)
***
O que dizer?
Sei que essa resenha NUNCA será boa ou simplesmente razoável o suficiente para explicar o que esse livro significou.
John Green fez de Hazel Grace uma heroína. Não por ser uma "sofredora" com câncer... pelo contrário. Ele escreveu essa história linda de forma reaL, mas não depressiva, de forma tocante, mas não carregada de melancolia... acho que isso de ser coisa de John Green.
Como eu disse no início da resenha, a sinopse não foi e creio que, mesmo que eu releia o livro, não será capaz de me preparar para o seu conteúdo. Quando vemos na sinopse de um livro que a história vai tratar de alguém em fase terminal de câncer, é óbvio que já esperamos por um final nem um pouco feliz, mas.... quando esse final realmente chega, você percebe que não estava preparado e que, embora esperasse por algo, o que ocorre não era o esperado. Deu para entender? o.O
Um livro cheio de frases impactantes e sensíveis... que ficarão ressoando em minha mente por um tempo indeterminado...
"Alguns infinitos são maiores que outros... Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter." (página 235)
Os diálogos são simples, mas tão profundos que às vezes eu me peguei dizendo: "UAU!". É interessante o poder das palavras, ou mesmo de apenas uma palavra. Sem dúvida foi uma história que veio para deixar sua marca em mim. Entra para a lista dos favoritos, só que em um lugarzinho ainda mais especial que todos os outros.
Classificação:
***
Espero que gostem!!
Beijos e amassos!