Autor(a): Teri Terry
Número de Páginas: 400
Sinopse: Kyla foi Reiniciada: sua memória foi apagada pelo Opressivo governo dos Lordeiros. Mas, quando lembranças proibidas de um passado violento começam a aparecer, surgem também dúvidas: ela pode confiar naqueles que passou a amar, como Ben? As autoridades querem a morte de Kyla. Com a ajuda de amigos no DEA, ela vai a fundo, sondando seu passado e fugindo. A verdade que ela busca desesperadamente, no entanto, é mais surpreendente do que ela poderia imaginar. Ao final do terceiro volume desta aclamada série, os mais profundos e imprevisíveis segredos serão revelados.
Olá gente lindaaaa!!!
Mais uma trilogia distópica chega ao fim. :/
Acho que a grande maioria das trilogias e séries de modo geral possuem altos e baixo, momentos em que você desejar jogar o livro pela janela, momentos em que você não consegue ler e o momento em que tudo termina (porque TEM que terminar, né gente?! Nada de séries com 15 livros, por favor!) e você se sente um pouco órfão. É assim que estou me sentindo após ler o terceiro e último volume da trilogia "Reiniciados", lançada pela FAROL.
"Mas quem sou eu realmente? Preciso responder a essa pergunta antes de saber por qual caminho seguir." (página 15)
CONFIRA A RESENHAS DOS OUTROS LIVROS DA TRILOGIA:
ATENÇÃO: Essa resenha pode apresentar spoilers dos livros anteriores.
Para quem não se lembra, Kyla é uma Reiniciada, ou seja, uma jovem que cometeu algum crime e recebeu uma 'segunda chance' que consiste em ser, literalmente, reiniciada. Todas suas memórias foram acabadas e ela foi 'adotada' por uma família desconhecida. Entretanto, Kyla é diferente dos outros Reiniciados, ela se questiona, ela não aceita tudo o que lhe dizem e pronto e, o mais curioso, ela parece ter algumas memórias de antes de ser reiniciada.
No segundo volume muita coisa já aconteceu, Kyla recuperou mais algumas memórias (não tão agradáveis) e teve contato com uma pequena parte de seu passado e de seu 'verdadeiro eu', mas nada é o que parece, ninguém parece ser confiável e as coisas começam a fugir de seu controle. Bem, esse é um resuminho bem meia-boca que eu pude fazer sem dar spoilers.
"As pessoas, principalmente, podem ser tão diferentes do que aparentam que você nunca imaginaria o que elas guardam dentro de si. Do que são capazes. No meu caso, o que espreitava em meu interior estava tão bem escondido que nem eu tinha conhecimento." (página 7)
Agora, Kyla está livre, ou quase isso. Após a explosão da bomba que deveria tê-la matado e, apesar de nenhum corpo ter sido encontrado, ela é dada como morta. Achando que isso é um tanto quanto suspeito, afinal, por que os Lordeiros a dariam como morta ao invés de tentar encontrá-la e matá-la?
Com a ajuda de Aiden e Mac (do DEA, que podemos chamar de 'rebeldes'), Kyla tenta voltar ao lugar que parece ser o começo de tudo, de onde saiu para começo de conversa. Com uma nova aparência e uma nova identidade Kyla embarca ao encontro de seu passado e, as coisas começam a se mostrar cada vez mais confusas e complicadas. Sua verdadeira identidade e sua verdadeira história parecem cada vez mais longe de seu alcance.
"Todos vivem procurando por alguma coisa, ou por alguém. A parte que falta para serem completos. Por que eu deveria ser diferente?" (página 389)
Apesar de ter sido declarada como morta, Kyla precisa ser discreta e tentar agir despreocupadamente para não chamar a atenção, pois a qualquer passo em falso sua identidade pode ser revelada e ela estará morta de verdade. No início, achei a narrativa um pouco entediante, pois Kyla não fazia nada que uma garota comum não faria, ela participa de uma seleção do governo que lhe dará uma profissão enquanto tenta obter informações sobre seu passado, mas aos poucos as coisas começam a ficar arriscadas e... é aí que fica bom (para nós leitores, claro!). Novos personagens nos são apresentados, e alguns antigos conhecidos acabam reaparecendo, mas é como se fossem estranhos, dadas as transformações. Kyla começa a descobrir várias (mais!) irregularidades dessa sociedade dominada por Lordeiros, mas não consegue pensar em como agir, no que fazer para impedir certas coisas. Ela começa a pensar no que Aiden sempre desejou: abrir os olhos da população, afinal, se todos souberem o que acontece por baixo dos panos, ninguém ficará satisfeito.
"E se todas as pessoas do país dissessem não, ao mesmo tempo, como Aiden pensa que fariam se soubessem o que realmente acontece? Eles não podem prender todo o mundo." (página 55)
Genteeee, em determinados momentos da leitura eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava lendo! Eu ficava pensando: "Não, não, não, não! Não pode ser!". Infelizmente eu não posso contar sobre essa cena, senão vocês me matariam pelo tamanho do spoiler. A coitada da Kyla não consegue receber uma única notícia boa, pelo amor de Deus! É só coisa ruim em cima da pobre garota! Sério, ela se mostrou mais forte a cada livro e, em Despedaçada, a junção de suas várias partes (sim, várias!) a fez mais decidida, mais corajosa e menos impulsiva.
"Mamãe disse que se importar com alguém nunca é uma coisa ruim mesmo se não der certo.E eu me importo?" (página 352)
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Eu definitivamente não estava preparada para o que encontrei em Despedaçada! Mas, ainda assim adorei, por ser tudo menos previsível!
O livro é narrado em primeira pessoa, assim como os anteriores e vamos descobrindo as coisas junto com a protagonista e tendo praticamente as mesmas reações. A cada final de capítulo a tenção ficava maior e, em diversos momento me peguei com a respiração em suspenso. Adrenalina pura!
Apesar de muitas coisas parecerem não fazer muito sentido ao longo da histórias, a autora conseguiu amarrar todas as pontas soltas. O final não foi exatamente o que eu esperava, mas ainda assim não consegui evitar um sorriso ao ler a última frase, pois a última palavra define o sentimento desse fechamento de trilogia. Quanto ao Ben (que eu seu que você que leu os outros livros está doido para saber por onde anda), você ficará surpreso.
Eu super recomendo a leitura, mas alerto: não há espaço para romance em meio a toda essa tenção e adrenalina, assim, se sua maior motivação é essa, não vá com sede ao pote.
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Espero que gostem!!
Beijos e amassos!!