16 de março de 2015

RESENHA: Para Sir Phillip, com Amor (Os Bridgertons #5)

Editora: Arqueiro
Autor(a): Julia Quinn
Número de Páginas: 288

Sinopse: Eloise Bridgerton é uma jovem simpática e extrovertida, cuja forma preferida de comunicação sempre foram as cartas, nas quais sua personalidade se torna ainda mais cativante. Quando uma prima distante morre, ela decide escrever para o viúvo e oferecer as condolências. 
Ao ser surpreendido por um gesto tão amável vindo de uma desconhecida, Sir Phillip resolve retribuir a atenção e responder. Assim, os dois começam uma instigante troca de correspondências. Ele logo descobre que Eloise, além de uma solteirona que nunca encontrou o par perfeito, é uma confidente de rara inteligência. E ela fica sabendo que Sir Phillip é um cavalheiro honrado que quer encontrar uma esposa para ajudá-lo na criação de seus dois filhos órfãos. 
Após alguns meses, uma das cartas traz uma proposta peculiar: o que Eloise acharia de passar uma temporada com Sir Phillip para os dois se conhecerem melhor e, caso se deem bem, pensarem em se casar? 
Ela aceita o convite, mas em pouco tempo eles se dão conta de que, ao vivo, não são bem como imaginaram. Ela é voluntariosa e não para de falar, e ele é temperamental e rude, com um comportamento bem diferente dos homens da alta sociedade londrina. Apesar disso, nos raros momentos em que Eloise fecha a boca, Phillip só pensa em beijá-la. E cada vez que ele sorri, o resto do mundo desaparece e ela só quer se jogar em seus braços. 
Agora os dois precisam descobrir se, mesmo com todas as suas imperfeições, foram feitos um para o outro.
Olá gente lindaaa!
Eu sei que não preciso começar essa resenha dizendo que adoro a escrita da Julia Quinn e sou apaixonada pelos Bridgertons, mas... vou fazer isso mesmo assim. Eu estava doida para poder matar um pouco a saudade desses irmãos tão peculiares e, embora tenha ficado feliz em rever alguns deles, fiquei decepcionada por não terem aparições tão frequentes neste volume da série, com exceção da protagonistas, claro, Eloise Bridgerton.

CONFIRA MINHAS RESENHAS DOS LIVROS ANTERIORES:
O Duque e Eu (livro #1)

Eloise sempre roubou a cena nos livros da série, tornando-me uma das minhas personagens favoritas, juntamente com seu irmão Colin, assim, quando soube que ela seria a protagonista desse quinto livro e que sua história com Sir Phillip seria iniciada com uma inocente troca de cartas, eu logo me interessei - romântica incurável que sou, adoro uma boa carta.
No entanto, preciso verbalizar minha decepção, não com Eloise, que continua impertinente, incontestável, corajosa e suuuuuper falante, mas pela personalidade de Sir Phillip. Ahhh, como eu demorei a simpatizar com ele, viu?!
Após a morte de uma prima distante, Eloise resolve escrever uma carta de condolências para o viúvo, sem saber que essa carta desencadearia uma correspondência constante e uma amizade. Assim, passado pouco mais de um ano, quando Eloise recebe uma carta de Sir Phillip (o viúvo) com a sugestão de que ela lhe fizesse uma visita - com uma acompanhante, claro - para que pudessem se conhecer e analisar sua compatibilidade, prevendo um possível casamento, ela arquiteta um plano: uma fuga ao encontra de Sir Phillip exatamente na noite em que sua irmã Daphine resolve dar um jantar e toda a família está distraída demais para notar sua ausência. 
"E agora estava ali, seguindo em direção a Gloucestershire, ao seu destino, acreditava - ou esperava, ainda não sabia bem -, com nada além de algumas mudas de roupa e uma pilha de cartas escritas para ela por um homem que nunca tinha visto.
Um homem que esperava poder amar.
Era emocionante.
Não, era assustador." (página 28)
Apesar da atitude irresponsável, é certo que Eloise não é nenhuma garotinha. Aos 28 anos, uma idade considerada avançada para uma moça solteira, ela sabe que não pode mais esperar por um casamento por amor, mas não custa tentar encontrar alguém de que ela goste. Afinal, ela já recusou seis propostas (talvez seja exigente demais) e talvez seja a hora de aceitar que ninguém é perfeito. Talvez Sir Phillip seja o homem por quem ela tem esperado por tanto tempo. Até aí, tudo bem... tudo romântico. 
Porém, além de ser pai de um casal de gêmeos de oito anos de idade - que são terríveis, diga-se de passagem - está  procura de uma governanta, não de uma esposa. Mesmo após conhecer Eloise, seu maior pensamento é se casa (com ela ou qualquer outra mulher) para se ver livre da responsabilidade de cuidar de uma casa e de duas crianças hiperativas. Apesar de amar os filhos, é um pai ausente. Ele vive se escondendo dos filhos e fugindo de seu dever de educá-las, delegando à babás, professoras e criados uma função que deveria ser sua. Seu maior desejo não é encontrar uma esposa amorosa para fazê-lo feliz e amar as crianças como se fossem suas. Ele procurar uma mulher a quem possa jogar a responsabilidade de se preocupar com tudo relacionado a casa e as crianças sem sentir remorso. Entendem porque eu demorei para simpatizar com ele?
"Precisava de alguém que começasse a agir e tornasse a sua vida mais fácil e descomplicada. Alguém que administrasse sua casa e criasse  seus filhos. Ficara muito feliz em descobrir que Eloise era uma mulher por quem se sentia bastante atraído, mas mesmo que ela fosse feia... bem, ele se casaria tranquilamente com uma mulher feia desde que ela fosse prática, eficiente e boa com as crianças." (página 100)
Não sei se é consequência de um casamento infeliz com uma mulher triste que ele não amava, mas Phillip, definitivamente, não conhece a arte da conquista, o que é, de certa forma engraçado para um homem de 30 anos. Ele sempre diz a coisa errada nos momentos mais tensos. Mas, não podemos esquecer que Eloise é uma Bridgerton, né?! Ela sempre dá um jeito.
Um ponto positivo na história são as aparições de Amanda e Oliver, os filhos de Phillip que, desaprovando a presença da Srta. Bridgerton em sua casa, aprontam poucas e boas com a moça. 
No geral, o livro é bom - assim como os outros da série, aliás - , mas não tem tanto humor quanto nos anteriores e também deixou um pouco a desejar quanto ao romance. No final é claro que as coisas se ajeitam e tal, mas o casal não é dos melhores da série até agora. 

SPOILER: Outro ponto a ressaltar é a falta de criatividade no que se refere ao casamento... mais uma vez o casal é obrigado a se casar pelo patriarca (acho que podemos dar esse título a Anthony, né?!), o que não colabora muito para o romantismo da história.
"Era estranho, excitante e um pouquinho assustador.
Mas gratificante, também. Ela fizera uma coisa maluca ao fugir de casa no meio da noite esperando encontrar a felicidade com um homem que nunca vira. Era um alívio pensar que talvez tudo aquilo não tivesse sido um engano completo, que talvez ela tivesse vencido a aposta que fizera com o destino." (página 79)
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Classificação:

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Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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