3 de março de 2015

RESENHA: Não olhe para trás

Editora: Farol Literário
Autor(a): Jennifer L. Armentrout
Número de Páginas: 440

Sinopse: Samantha é uma jovem de 17 anos rica e popular que, depois de passar quatro dias desaparecida, retorna ferida e desmemoriada. A nova Samantha não se reconhece no retrato de menina má e mimada que todos à sua volta começam a pintar. E logo descobrirá que foi a última a ver Cassie, a garota com quem mantinha uma relação confusa de amizade e rivalidade e que desapareceu no mesmo dia que ela. O que aconteceu na noite fatídica em que as duas sumiram? E por que Samantha foi a única a reaparecer? Não olhe para trás é um daqueles suspenses que só paramos de ler para tentar nos antecipar à autora e descobrir qual é o mistério.

Olá gente lindaaaa!
Acabei de ler "Não olhe para trás" e... UAU! Amei cada página. Um YA com uma pegada mais densa, cheia de suspense... Gosto bastante de histórias que envolvem perda de memória, pois vamos desvendando a trama junto com os personagens.

O livro começa com Samantha, uma jovem de 17 anos, andando sem rumo em uma estrada desconhecida. Ela não se lembra de absolutamente nada sobre quem é ou como foi parar naquela estrada, ferida e desorientada. 
"Minhas pernas começaram a tremer a cada passo vacilante. Tentei lembrar como aquilo havia acontecido, mas minha cabeça era um vazio, um vácuo negro onde nada existia." (página 7)
Diagnosticada com "fuga dissociativa" (que segundo a definição do Wikipédia é "um transtorno raro em que uma pessoa perde a memória e se desloca grandes distâncias, para locais desconhecidos, ficando confusa quanto a própria identidade"), causado por um grande trauma, Samantha é levada para casa pelos pais e tem de lidar com o fato de sua vida ser uma folha em branco. Ela não sabe o que aconteceu de tão grave para fazê-la perder a memória, a única coisa que sabe é que sua melhor amiga, Cassie, de quem ela também não se lembra, ainda está desaparecida.
Ao se inserida em sua antiga vida, Samantha percebe que não era o que podemos chamar de "gente boa". Ela era típica patricinha malvada que ditava as regras sociais no colégio e decidia quem merecia ser perseguido ou não. Seu círculo de amigas é igualmente desagradável. Seu namorado por sua vez, apesar de lindo e de, aparentemente, ser o sonho de consumo de metade das garotas do colégio, não lhe causa nada, Nenhum sentimento, nenhum friozinho na barriga (pelo menos, nenhum friozinho agradável...). Sua vida era considerada perfeita. Seu namoro era perfeito e invejado, mas... será mesmo? Agora, como não decepcionar as pessoas que a conheciam? Como dizer a eles que ela não é mais a mesma e que prefere assim?
Pensando por esse lado, é uma boa coisa o fato de ter a oportunidade de recomeçar, de ser diferente, de ser uma nova Sam. Mas, quando o corpo de Cassie é encontrado, Sam começa a desconfiar de tudo e de todos, até de si própria. Samantha chega ao ponto de não saber mais o que é realidade, o que é lembrança e o que é alucinação. Ela tem flashs perturbadores e se lembra de ter visto pedras escorregadias. E sangue. Mas como distinguir o real do imaginário? Como ajudar a polícia encontrar o culpado? Mas... e se ela for a culpada? Ela parece ter sido a última pessoa a ver a amiga.... ela é a principal suspeita.
"Fiquei sem ar e deixei cair o bilhete, refugiando-me novamente na cama. Com a pulsação acelerada, fechei os olhos, mas ainda podia ver as palavras.

'Não olhe para trás. Não vai gostar do que encontrará'." (página 48)
***
Um livro que mescla YA, suspense policial e até thriller psicológico. Assim como a protagonista, eu acabei desconfiando de tudo e de todos. Todos os personagem tinham um potencial, um motivo para estar envolvido no crime de alguma forma, o irmão gêmeo de Sam, o filho do faxineiro (por quem Sam passa a desenvolver uma forte atração), o namorado Del, que parece sempre esconder algo, as "amigas" desagradáveis de Sam e tantas outras pessoas para quem ela e Cassie fizeram mal ao longo dos anos. A lista de pessoas que gostaria de ver essa dupla de amigas morta é bem extensa.
A escrita da autora é completamente eletrizante e, apesar de haver certos clichês, tudo foi muito bem desenvolvido. Ao longo do desenrolar da história, vários personagens nos deixam com a pulga atrás da orelha e as alucinações / lembranças / surtos de Samantha colocam em cheque a própria sanidade da garota. Impossível parar de ler.
A diagramação está linda e a revisão impecável, não encontrei um errinho sequer (não se se não existem ou se a leitura estava tão boa que não notei). Recomendadíssimo!
"Ele já tinha visto o que havia de pior em mim. Para ele, meus defeitos eram óbvios feito um fio desencapado.
Minha inspiração foi breve.
- Acho que estou louca." (página 223)
***
Classificação:

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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