26 de março de 2018

RESENHA: O Resgate no Mar - Parte II (Outlander #3)

Editora: Arqueiro
Autor(a): Diana Gabaldon
Número de páginas: 656

Sinopse: A extraordinária saga continua.
Claire Randall finalmente conseguiu voltar no tempo e reencontrar Jamie Fraser na Escócia do século XVIII, mas sua história está longe do final feliz. O casal terá que superar muitos obstáculos, de fantasmas a perseguições marítimas, mas o principal deles são os vinte anos que se passaram em suas respectivas épocas desde a última vez que se viram.
Se a intensa paixão e o desejo entre eles parecem não ter diminuído nem um pouco, o mesmo não se pode dizer sobre a confiança. Jamie agora é um homem endurecido pelo que aconteceu após a Batalha de Culloden. Claire, por sua vez, precisa lidar com o segundo casamento de seu amado e suportar a saudade de Brianna, que ficou sozinha no ano de 1968.
A união dos dois será posta à prova quando o sobrinho de Jamie for sequestrado. Juntos, eles precisarão singrar pelos mares e cruzar as Índias Ocidentais para resgatá-lo, provando mais uma vez que nada é capaz de deter uma história de amor que vence as fronteiras do tempo e do espaço.
Olá gente lindaaa!
Cá estou para falar da segunda parte de "O Resgate no Mar", terceiro volume da série Outlander e confesso que nem sei por onde começar.... tanta coisa acontece nessas 600 páginas. Uma loucura!
Se você é dos que achou o livro anterior um pouco parado (não foi o meu caso), garanto que isso muda neste livro, é tanta ação, tantas situações de perigo que nos faz lembrar do primeiro volume da série. Mas, antes de conferir a resenha e o pouco que posso contar sem jogar um monte de spoilers na cara de Deus de o mundo, vale dar uma olhadinha nas resenhas dos livros anteriores:
A Viajante do Tempo (livro #1)
A Libélula no Âmbar (livro #2)
O Resgate no Mar (livro #3 - parte #1)
Atenção: esta resenha pode conter spoilers do livro anterior.


Após alguns acontecimentos que colocam em risco a identidade de Jamie em Edimburgo, ele resolve partir para Lallybroch, juntamente com Claire e o Jovem Ian. Changando lá nossa viajante do tempo tem uma desagradável surpresa ao descobrir que seu amado tem uma segunda esposa. E ele não poderia ter feito uma escolha pior, já que a tal esposa é ninguém menos que Laoghaire MacKenzie (que caso vocês tenham esquecido, quase causou a morte de Claire na fogueira, no primeiro volume da série).
"- Você devia ter me contado!
- E se tivesse contado? - Agarrou minha mão e colocou-me de pé bruscamente, enfrentando meu olhar. - Você teria girado nos calcanhares e ido embora sem nem uma palavra. E depois de vê-la outra vez... acredite, eu teria feito muito pior do que mentir para mantê-la ao meu lado!"
(páginas 63-64)
Nem preciso dizer da raiva que senti ao saber disso, sei que vocês podem imaginar. E a diaba loura ainda é tão desagradável como sempre foi. Bem, após uma discussão acalorada, após Claire tentar ir embora e voltar por um motivo maior, nosso casal acaba se acertando e, com a ajuda do advogado Ned Gowan (um conhecido personagem do primeiro volume), a "anulação" do casamento de Jamie com Laoghaire é possível, mas Jamie terá que se virar nos trinta para pagar um valor à bruxa loura e garantir o conforto das duas filhas (dela, não dele). Para tanto, Jamie decide voltar a Ilha das Silkies para buscar o tesouro escondido que encontrou lá anos atrás. E é aí que a aventura começa, que as coisas começam a dar (mais) errado...
O Jovem Ian, sendo um ótimo nadador acompanha os tios na busca pelo tesouro, mas acaba sendo sequestrado por um navio de piratas (pensem em um coitado azarado!). Após algumas pesquisas, descobre-se que o navio que sequestrou Ian (e o tal tesouro) é português e, ao que tudo indica, está indo rumo às Índias Ocidentais, mais precisamente para a Jamaica. Assim, a fim de resgatar o sobrinho, Jamie, Claire, Fergus (e a namorada), e alguns contrabandistas embarcam em uma loga viagem, sem saber se um dia voltarão a pisar na Escócia.
"[...] você nunca sabe o que pode fazer até ter que fazê-lo." (página 462)
E, acreditem se quiser, essa é a parte menos agitada. Muitas coisas acontecem durante esta longa viagem e mesmo quando finalmente chegam em terra firme. Não basta o fato de estarem procurando um navio que pode muito bem ter mudado a rota, eles terão de lidar com um navio de guerra britânico, um segundo "sequestro", um ataque de um navio pirata, além do fato de que Jamie, mesmo passados vinte anos, ainda é incapaz de aguentar uma viagem em alto mar... fica verde só de pisar em uma proa, maginem uma viagem de meses.
Neste volume pudemos ver que apesar de serem pessoas diferentes das que foram duas décadas atrás, o que é natural, Jamie e Claire se amam e se apoiam como sempre fizeram. No entanto, pudemos notam também que alguns segredos não podem ser contados facilmente, e algumas coisas serão reveladas ao longo deste livro que poderão abalam, ainda que por pouco tempo, a confiança de Claire em Jamie.
"Nossos olhos se encontraram em perfeito entendimento. Havia mais do que respeito entre nós agora, e espaço para todos os nossos segredos serem conhecidos, no devido tempo." (página 175)
Uma coisa "engraçada" entre o casal é que eles se amassam o tempo todo como há vinte anos. O me leva a pensar que isso só ocorre por terem ficado tanto tempo separados e vivendo de saudade (sem querer ser amargurada, descrente ou algo assim ahha). Se tivesse passado esse tempo juntos, talvez já não achassem o outro tão sexualmente irresistível, né?!
Mas a relação, o amor, a cumplicidade e tudo mais entre Jamie e Claire ainda me arrancam suspiros. E o modo como a autora nos conta tudo, o fato de a história ser narrada em primeira pessoa por Claire sem que fique maçante, por exemplo, faz toda a diferenças. Há menos de um mês eu fiz uma postagem na fanpage do blog dizendo que o fazer mestrado havia tirado minha vontade de ler, no entanto devorei as duas partes do terceiro volume dessa série (aproximadamente 110 páginas) em menos de duas semanas. Esse é o poder de Diana Gabaldon. Esse é o poder de Outlander!
"Durante tantos anos, por tanto tempo, eu fui tantas coisas, tantos homens diferentes. Fui tio para os filhos de Jenny e irmão para ela e Ian. "Milorde" para Fergus e "Senhor" para meus colonos. "Mac Dubh" para os homens de Ardsmuir e "MacKenzie" para os outros empregados em Helwater. Depois, "Malcolm, o mestre-impressor" e "Jamie Roy" nas docas. Mas aqui, aqui no escuro, com você... Eu não tenho nenhum nome." (página 103)
***
"Outlander" é o tipo de série em que você se pergunta como uma autora pode escrever tantas páginas (tantos livros, tantos volumes...) sobre a mesma história e não se perder no meio do caminho. Cada detalhe, cada ponto hiper descrito, cada coisinha tem um motivo de ser, de existir... e no final das contas tudo fica tão perfeitamente amarrado, explicado. Enfim, tudo faz sentido (e é tudo tão gostoso de ler!).
Aproveito para dividir com vocês meu descontentamento com o que foi feito com a história na terceira temporada do seriado. Eu sei que é difícil resumir 1100 páginas em apenas 13 episódios, mas estou sem entender grande parte das mudanças, acréscimos e coisas absurdas que vi no seriado, em especial nos episódios finais. Mais alguém não ficou nada feliz com o rumo que as coisas tomaram no seriado? Como puderam mudar tanta coisa de uma história tão perfeitamente amarrada? NÃO FAZ SENTIDO!
Só posso concluir essa resenha dizendo que estou super ansiosa para  ler o volume quatro, mas não tão ansiosa para conferir a quarta temporada do seriado (tenho medo do que podem fazer com a história!).

Classificação: 

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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