19 de março de 2018

RESENHA: O Resgate no Mar - Parte I (Outlander #3)

Editora: Arqueiro
Autor(a): Diana Gabaldon
Número de páginas: 592

Sinopse: Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor de sua vida – Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que retornou à sua própria época, ela sempre pensou que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden. 
Agora, em 1968, Claire descobre, com a ajuda de Roger Wakefield, evidências de que seu amado pode estar vivo. A lembrança do guerreiro escocês não a abandona… seu corpo e sua alma clamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois. 
Jamie, por sua vez, está perdido. Os ingleses se recusaram a matá-lo depois de sufocarem a revolta de que ele fazia parte. Longe de sua amada e em meio a um país devastado pela guerra e pela fome, o rapaz precisa retomar sua vida. 
As intrigas ficam cada vez mais perigosas e, à medida que tempo e espaço se misturam, Claire e Jamie têm que encontrar a força e a coragem necessárias para enfrentar o desconhecido. Nesta viagem audaciosa, será que eles vão conseguir se reencontrar?

Olá gente lindaaaa!
Como vocês estão? Eu estou ótima, e preciso dizer que há tempos não estava tão bem. Finalmente terminei minha dissertação e minha defesa de mestrado foi no último dia 9 e, com isso, consegui me aventurar "no mundo da leitura por prazer" novamente. E eu não poderia ter (re)começado de maneira melhor, afinal James Fraser e Claire não decepcionam! <3

Antes de mais nada, lembrem-se que se trata do terceiro volume de uma série, então se vocês não leram os livros anteriores, não conhecem a história e não querem spoilers, recomendo que não leiam  esta resenha. Ou, se preferirem, confiram antes as resenhas dos livros anteriores:


O livro é dividido em seis partes, e a história é contada tanto pelo ponto de vista de Claire quanto pelo de Jamie. Assim, acompanhamos Claire, de volta à sua época, mais de 200 anos à frente e, vinte anos se passaram desde sua travessia de volta pelas pedras de Craigh na Dun, como vimos no volume anterior.
Apesar de o ritmo desse terceiro volume não ser como o dos livros anteriores, essa série é daquelas que lemos 500 páginas e um piscar de olhos e acabamos querendo sempre mais, pois é uma delícia acompanhar os acontecimentos e ver o amadurecimento (a duras penas, na maior parte do tempo) dos personagens. Diana Gabaldon tem um dom incrível de prender o leitor da primeira até a última página, seja descrevendo batalhas, lugares, sentimentos, etc.
Após descobrir que Jamie pode não ter morrido na terrível Batalha de Culloden, como acreditou nos últimos vinte anos, Claire, a filha que teve de Jamie, Brianna, e o historiador Roger, começam a fazer uma extensa pesquisa para tentar descobrir o que, de fato aconteceu com ele.
E com o passar das páginas, vamos sabendo o que houve com Jamie, tanto por meio dessas pesquisas, quanto pelo ponto de vista do próprio Jamie, duzentos anos antes. E, devo alertar, como podemos imaginar, sua vida após a batalha não foi muito divertida, afinal ele era um jacobita traidor da coroa, o que lhe garantiu, além de sete longos anos escondido em uma caverna evitando os casacos vermelhos (soldados ingleses), mais vários anos na prisão e outros mais como "escravo" em uma fazenda.
"Alguns anos antes, minha mão fora lida por uma velha senhora escocesa chamada Graham - na verdade, a avó de Fiona. 'As linhas da mão vão mudando conforme você muda', dissera ela. 'Não importa tanto aquilo com que você nasceu, mas o que você faz de si mesma.'" (página 135)
Munida de todas essas informações, Claire precisa decidir entre ficar com sua filha Brianna ou voltar para o passado, mais uma vez, para reencontrar seu único e grande amor. No entanto, precisa considerar que apesar de seus sentimentos não terem mudado ou diminuído, vinte anos se passaram desde que o vira pela última vez, aos pés das pedras em Craigh na Dun. E, convenhamos, muita coisa pode acontecer nesse período de tempo. Jamie pode muito bem ter reconstruído sua vida ao lado de outra mulher e feito uma família linda e feliz... sem Claire.
Então, passados mais de 2/3 do livro, Claire finalmente cria coragem para enfrentar mais uma viagem no tempo e, claro, para isso ela se prepara bastante: compra um vestido apropriado (para que não seja confundida com uma espiã inglesa ou prostituta como ocorreu da última vez) e algumas moedas usadas na época.
"Eu estava molhada, com frio, e sentindo-se surrada, como se tivesse sido jogada de um lado para outro, sobre ondas que se arrebentavam numa praia rochosa. Mas eu estava ali. E em algum lugar deste estranho território do passado estava o homem que eu viera encontrar." (página 371)
Li algumas resenhas em que os leitores ficaram um pouco incomodados com o fato de ter sido "fácil demais" voltar duzentos anos no tempo e encontrar o lugar onde Jamie estava, mas isso aconteceu porque ela fez muitas pesquisas e sabia exatamente onde poderia encontrá-lo, se suas pesquisas estivessem corretas.
Uma coisa de que gostei bastante foi o fato de que o esperado reencontro foi muito realista, nada forçado. Pensem comigo, se se você pudesse reencontrar seu grande amor após vinte anos, quais as chances de ambos serem os mesmo que foram no passado? Apesar do amor, das memórias, da saudade e de tudo que compartilharam, vinte anos de vidas separadas estão entre eles. Não seria nada natural que um se atirasse nos braços dos outro imediatamente como se houvesse se visto no dia anterior. O primeiro sentimento, pelo menos no caso de Jamie que foi pego completamente de surpresa, foi de choque. Ele acreditou estar sonhando.
Claire, por sua vez, apesar do tempo que teve para se preparar para esse reencontro, não sabia o que encontraria, Não sabia se na vida de Jamie haveria um lugar para ela. Por isso achei a cena do reencontro tão realista, sensível e convincente. Ambos querendo, de fato, se jogar nos braços um do outro, mas hesitantes por não erem mais os mesmo, por não saberem o que esperar do outro. É como se estivesse se conhecendo pela segunda vez.
"- Não sinto medo há muito tempo, Sassenach - sussurrou ele. - Mas agora acho que estou sentindo. Porque agora eu tenho algo a perder." (página 473)
Enfim, como eu disse, o livro tem menos ação em relação aos anteriores, mas teve muita emoção do começo ao fim. Sofri ao acompanhar tanto Claire quanto Jamie seguindo em frente um sem o outro, sentindo falta um do outro, lutando as próprias batalhas. e fiquei muito feliz em "rever" alguns personagens, Fergus já crescido, por exemplo (cujo reencontro com a "milady" foi a coisa mais fofa). Outlander é, sem sombra de dúvidas, minha série favorita e a única que tem chance de me prender até o fim, independentemente do número de livros, de páginas. Mal posso esperar para conferir a segunda aparte desse volume.
Alguém ainda duvida que eu recomendo esse livro, essa série (e também a série de TV que é suuuuuper fiel aos livros)?

Classificação: 

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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