4 de abril de 2016

RESENHA: A Libélula no Âmbar (Outlander #2)

Editora: Arqueiro (Saída de Emergência)
Autor(a): Diana Gabaldon
Número de Páginas: 944

Sinopse: Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.
O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?
Olá gente lindaaaaa!
Após mais de um ano abandonado na estante, eu finalmente resolvi ler a sequência de "A Viajante do Tempo" (RESENHA AQUI!), da série Outlander. Confesso que, apesar de ter amado loucamente o primeiro livro, a quantidade de páginas de "A Libélula no Âmbar" me assustou um pouco, por isso adiei tanto a leitura. E, vou ser sincera, a leitura demorou mais do que eu gostaria por conta da minha falta de tempo. Praticamente dois meses lendo. :/ Mas valeu cada minutinho que eu consegui dedicar á leitura. E desde já peço desculpas pela renha  gigante que vem a seguir...

A narrativa de "A Libélula no Âmbar" começa nada menos que vinte anos após o desfecho do primeiro livro. Eu já havia lido essa informação na sinopse, mas não pude evitar pensamentos do tipo "WTF?! Por que raios a Claire voltou para seu tempo?" e fiquei especulando o que poderia ter acontecido e dado errado, claro, para que ela deixasse Jamie lindo, maravilhoso, escocês e genro que mamãe pediu a Deus no passado. Surtei durante umas 100 páginas, morrendo de vontade de saber o que aconteceu imediatamente após o final de "A Viajante do Tempo", mas, ainda assim, a autora conseguiu me deixar curiosa em relação aos personagens do "presente", em relação a como reagiriam às palavras de Claire, que após vinte anos de silêncio, tem muito o que contar.
"Entretanto, no meu próprio âmago não resistia mais no isolamento do "eu sou", e eu não possuía nenhuma proteção para me defender da brandura que vinha do interior. Já não sabia o que eu era ou o que ela seria; somente o que eu tinha que fazer." (página 77)
Quando Claire se vê em determinada situação, após uma descoberta bastante dolorosa, ela não vê outra solução a não ser contar toda a verdade a Brianna, sua filha. E é aí que voltamos ao passado, quase que imediatamente onde o livro anterior terminou. O cenário desse livro é totalmente diferente: em vez da rusticidade das Terras Altas, temos a linda e PHINA Versales. Jamie e Claire tentarão evitar que o Príncipe Charles libere uma revolução, uma vez que Claire já conhece bem o desfecho nada favorável. 
Em meio a corte francesa, muitos babados, sedas e intrigas políticas, somos apresentados a muuuuuitos personagens novos (em sua maioria reais!) e a história ganha cada vez mais ritmo, de modo que fica impossível parar de ler. Apesar da grande quantidade de páginas, em nenhum momento a leitura fica chata ou arrastada, pelo contrário.
Ah, e o que dizer desse casal que já considero pacas? Apesar do perigo sempre à espreita, eles são lindos, fofos e tão românticossss. Os diálogos são tão intensos e, por vezes, melosos que poderia desagradar os menos românticos caso a história se prendesse exclusivamente a esse aspecto. Porém, as cenas de romance não são tão constantes assim e, de forma alguma, é o foco da trama. E fazem todo sentido no momento em que ocorrem... complementam a história.
"- O que foi, meu amor? - sussurrei. - Jamie, eu o amo muito.
- Eu sei - disse ele serenamente. - Eu realmente sei, querida. Deixe que eu lhe diga em seu sono o quanto eu a amo. Porque as palavras que lhe digo quando está acordada são sempre as mesmas, não são suficientes. Enquanto você dormir em meus braços, posso dizer-lhe coisas que soariam tolas e loucas, e seus sonhos entenderão a verdade delas. Volte a dormir, mo duinne." (página 854)
É claro que, pelo fato de o livro começar com Claire vinte anos mais tarde, já sabemos que algo deu muito errado. Assim, durante toda a leitura eu fiquei me perguntando "Será que ela terá de voltar agora, para evitar que isso e isso fique ainda pior?", pois são tantas as situações de puta tensão. Ação e intrigas políticas do começo ao fim. Na corte francesa é impossível saber em quem confiar, a quem se aliar, com quem contar... um verdadeiro ninho de cobras.
"Condenar ou salvar. Isso eu não posso fazer. Porque não tenho poder além do conhecimento, nenhuma capacidade de submeter os outros à minha vontade, nenhum modo de impedi-los de fazer o que eles desejarem. Há apenas eu." (página 763)
E nesse livro Claire se mostra ainda mais forte que no primeiro volume. Sempre colocando "ordem no galinheiro", como dizemos. 
O fato é que apesar das 935 páginas de "A Libélula no Âmbar" e apesar da sensação de  missão cumprida que senti quando finalizei a leitura  fechei o livro, também bateu uma vontade de louca de já começar a ler o volume seguinte da série. Não consigo me cansar da escrita da autora, da protagonista suuuuuper heroína que ela criou, do mocinho TDB ou de toda a história que serve de cenário (além de todo o misticismo, né?!). Se eu recomendo a leitura? Não tenham dúvidas.
"Já tentei mandá-la de volta duas vezes antes. E agradeço a Deus por você não ter ido. Mas se houver uma terceira vez... prometa-me que voltará para ele, para Frank. Porque é por isso que poupei a vida de Jack Randall por um ano, por você. Prometa-me, Claire." (página 403)
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Classificação: 

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Beijos e amassos!!

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