1 de abril de 2013

RESENHA: Um Certo Verão

Editora: Arqueiro
Autor(a): David Baldacci
Número de Páginas: 270

Sinopse: Jack Armstrong foi atleta e se casou com a namorada de escola. Depois serviu no Exército e, quando voltou da guerra, se dedicou a trabalhar com afinco para sustentar a família. Apaixonado pela esposa, nunca desejou mais do que ter uma vida tranquila e envelhecer ao lado dela e dos três filhos.
Porém uma doença devastadora acaba mudando tudo. Sem perspectiva de melhora, ele risca os dias no calendário, numa contagem regressiva para seu fim. Ao contrário do marido, Lizzie não perde as esperanças: enquanto lida com sondas e respiradores, faz planos para que a família passe o verão na casa em que ela cresceu, na Carolina do Sul.
Mas essa viagem acontecerá sem ela, porque Lizzie morre tragicamente na véspera de Natal. Sem poder cuidar de si mesmo, Jack é posto num asilo pelos sogros, que assumem a guarda da neta mais velha e cuidam para que cada um dos dois meninos vá para a casa de uma tia. O que ninguém poderia esperar era que, contrariando todos os prognósticos, Jack ficasse curado e assumisse a criação dos filhos. Disposto a reconstruir a família, ele descobrirá que ser pai é diferente de ser provedor e que Mikki, Cory e Jackie precisam da presença dele no dia a dia.

Olá gente lindaaaaa!
Confesso a vocês, antes de qualquer coisa, que antes de ler este livro eu havia lido uma porção de resenhas e foi inevitável não criar certas expectativas. Diversas pessoas compararam o livro com os romances de Nicholas Sparks, várias outras alegaram não terem sido tocadas pela história. Eu não diria que o livro se trata de uma história de amor, uma vez que a história do casal pouco aparece na trama. Trata-se se de uma história de milagre e superação.

Jack é um homem com pouco mais de 30 anos, casado com sua namorada do colegial e pai de três filhos. E, embora ele tenha passado a maior parte dos anos de casado longe da família, no exército, Jack sabe que a esposa e os filhos são seu maior tesouro. 
Infelizmente, ainda que jovem, Jack é diagnosticado com uma doença terminal e, em apenas poucos meses o homem forte, saudável e feliz torna-se um moribundo, definhando dia após dia.
A doença foi uma desagradável surpresas, mas, embora ele tenha passado por um processo de negação, foi inevitável aceitar que sua vida estava com os dias contados. Porém, ele prometeu à Lizzie, sua esposa, que estaria com ela no Natal e, com todas as suas forças ele se agarrava  a cada minuto de vida a fim de cumprir sua promessa.
"Quando Cory terminou a apresentação, Cecilia se curvou e sussurrou no ouvido de Jack:
- É Natal, época de milagres.
Não era a primeira vez que ela dizia isso. No entanto, por algum motivo, o ânimo de Jack se acendeu por um instante. mas então se lembrou do prognóstico do médico: "Seis meses; oito, se o senhor tiver sorte."
A ciência sempre parecia derrotar a esperanças."
(página 17)
Porém, o inesperado acontece e, a caminho da farmácia para comprar os remédios de Jack após o jantar de Natal, Lizzie sofre um acidente de carro e acaba morrendo. A família agora está totalmente desestruturada. Uma mãe morta e um pai moribundo esperando a morte. O que será feito dos três filhos, Mikki (16), Cory (12) e Jakie (3)? 
Bem, sua sogra pensou em tudo e, para 'ajudar' Jake (que ainda espera pela morte) ela resolve mandar uma as crianças para casa de parentes e Jake para um asilo de doentes. E, não bastasse a culpa que Jake sente pela morte da esposa, a sogra faz questão de fazer a culpa aumentar.
"- (...) Se ela tivesse ficado em casa, ainda estaria viva.
- Eu disse a ela para não ir.
- Mas ela foi. Por você - retrucou Bonnie.
As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto e ela saiu depressa do quarto."
(página 34)
Bem, como disse a velha e sábia Cecilia, Natal é época de milagres e, já internado no asilo, ao invés de piorar e finalmente descansar de tanto sofrimento, Jake começa a se recuperar. Milagrosamente. 
Para a surpresa tanto dos médicos quanto dele próprio, aos poucos Jake vai recuperando suas forças e o peso que perdeu nos meses anteriores e, com o auxílio de exercícios fisioterapêuticos, sua recuperação se torna ainda mais rápida.
Em alguns meses Jack está completamente curado. Milagres existem, afinal.
É chegada a hora de recuperar seus filhos e fazer com que a família siga em frente sem Lizzie. Não será fácil e, a mãe de Lizzie não acredita que Jack seja capaz de manter a família unida e agir como um pai de verdade, afinal ele passou boa parte da vida dos filhos fora de casa, mas... Jack está disposto a aproveitar a segunda chance que recebeu. Ele sabe que não será nada fácil, principalmente em se tratando da filha adolescente, Mikki. A relação de ambos não é das melhores desde antes de sua doença.
Eles, por fim, se mudam para a Carolina do Sul, para passar o verão na casa de praia onde Lizzie cresceu e para onde sempre quis voltar. Em cada cômodo da casa pequenos objetos fazem com que Lizzie esteja sempre presente e, o velho farol parece ter muito ara contar. Jack não medirá esforços para fazê-lo voltar a funcionar.
"- Lizzie, eu juro que este farol vai voltar a funcionar. Aí você vai poder olhar do Céu e ver a luz dele.
E quem sabe me encontrar."
(página 152) 
****
Comecei o livro já aos prantos, isso é fato. Porém, ao longo das páginas e da recuperação milagrosa de Jack, as coisas foram ficando mais rápidas e menos descritivas, consequentemente, ganham um 'ar' menos melancólico. A relação de Jack e Lizzie não é explorada e, o foco do livro é mesmo  o amor de pai para com os filhos e vice-versa.
É uma história bonita de superação cheia de obstáculos reais: a dificuldade em manter a família unida, a subestimação e as diferentes maneiras de lidar com o luto.
Eu gostei do livro, mas, sem dúvida alguma David Baldacci nasceu para escrever romances policiais. A escrita dele é ótima, mas mesmo que eu tenha chorado com as primeiras páginas, o livro não emociona tanto quanto os livros de Sparks, ao passo que, em se tratando de livros policiais o Baldacci arrasa!!!

Classificação:

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

3 comentários

  1. O livro parece bem legal...e parabéns pelo selo!

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  2. parece ser um livro ótimo, e já me estressei com essa história toda de compararem o livro com o do Nicholas --'
    quero muito ler este livro, e sinto que vou chorar horrores tbm :(

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  3. Nossa!
    Amo livros que me fazem chorar!
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias
    Livroterapias

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