9 de julho de 2018

RESENHA: The Beauty of Darkness (Crônicas de Amor e Ódio #3)

Editora: DarkSide Books
Autor(a): Mary E. Pearson
Número de páginas: 576

Sinopse: A trilogia Crônicas de Amor e Ódio chega ao fim de maneira arrasadora. A história de Lia inspirou muitos leitores a embarcarem em uma jornada extraordinária repleta de ação, romance, mistérios e autoconhecimento, em um universo deslumbrante criado pela premiada escritora Mary E. Pearson, onde o poder feminino é a força motriz capaz de mudar e fazer toda a diferença no novo mundo em construção.
Lia sobreviveu a Venda, mas não foi a única. Um grande mal pretende destruir o reino de Morrighan, e somente ela pode impedi-lo. Com a guerra no horizonte, Lia não tem escolha a não ser assumir seu papel de Primeira Filha, como uma verdadeira guerreira — e líder. 
Enquanto luta para chegar a Morrighan a tempo de salvar seu povo, ela precisa cuidar do seu coração e seus sentimentos conflituosos em relação a Rafe e as suspeitas contra Kaden, que a tem perseguido. Nesta conclusão de tirar o fôlego, os traidores devem ser aniquilados, sacrifícios precisam ser feitos e conflitos que pareciam insolúveis terão que ser superados enquanto o futuro de todos os reinos está por um fio e nas mãos dessa determinada e inigualável mulher.
Olá gente lindaaaa!
Hoje vim falar sobre o terceiro e último volume da trilogia Crônicas de Amor e Ódio, que recebi da editora DarkSide Books em julho do ano passado, mas só agora consegui ler. E, vocês podem imaginar, bateu aquela satisfação por ter terminado a trilogia, mas, ao mesmo tempo, por tristeza por ter chegado ao fim. Quero saber mais sobre essa mitologia criada pela autora, sobre a profecia, sobre os Antigos, etc. 

ATENÇÃO: trata-se da resenha do terceiro volume, logo é provável que haja spoilers dos volumes anteriores.

Antes de conferirem a resenha, não deixem de ler as resenhas dos volume anteriores da trilogia:
The Kiss os Deception | The Heart of Betrayal

Neste terceiro volume, a saga de Lia e Rafe continua. Após a cena final de "The Heart of Betrayal", segundo volume da trilogia, foi impossível não ficar apreensiva em relação ao que poderia vir a seguir. E é com a mesma apreensão que damos início a "The Beauty of the Darkness", já que Lia está ferida, e juntamente com Rafe e seus quatro soltados, provavelmente estão sendo caçada por "soldados" vendanos. 
Há muito o que se fazer, há muito pelo que passar até que o grupo finalmente chegue Dalbreck. E a medida em que Lia começa a se recuperar, precisa é enfrentar outras batalhas, como o fato de que nem mesmo os soldados de Rafe acreditam em suas palavras ou em seu dom. Mesmo Rafe parece um pouco cético em ralação ao dom de Lia e ao que exército de mais de 100 mil vendados que ela diz ter visto. Além disso, ela sabe que sua cabeça é caçada por seu próprio povo, por cauda das mentiras do Komizar. Ainda assim ela precisa traçar estratégias para salvar o Reino de Morrighan, que está enfestado de traidores. E, acima de tudo, não ficar remoendo o que aconteceu, tudo pelo que passou e suas perdas, para que isso não lhe tire o foco ou a força.

"Lia, quando perdemos uma batalha, temos que reagrupar e seguir em frente. Escolher um caminho alternativo, se for necessário. Porém, se perdermos tempo pensando em cada ação que tomamos, isso nos aleijará, e, então, não tomaremos ação alguma." (página 25)
E mais do que Lia já cresceu e amadureceu nos meses em que foi prisioneira do Komizar (que ela nem sabe mais se está vivo ou morto), ela precisará se tornar ainda mais forte a fim de salvar os seus. É chegada a hora de deixar de ser uma princesa fugitiva ou prisioneira para se tornar uma guerreira. E tão trabalhoso quanto salvar Morrighan e Dalbreck do ataque tão bem orquestrado pelo Komizar, será ser ouvida e levada a sério. O fato de ser uma mera princesa, o fato de ser uma mulher, em vez de um soldado e, claro, o fato de Venda ser considerada uma terra de bárbaros sem quaisquer tecnologias ou técnicas capazes de destruir reinos milenares serão um grande obstáculo para Lia.
"[...] e eu me peguei pensando na forma como nós mudamos, em todas as forças externas que nos pressionam, moldam e nos empurram para que sejamos pessoas e coisas que não planejáramos ser. Talvez isso acontecesse de forma tão gradual que, na hora que notássemos que isso tinha ocorrido, seria tarde demais para que fôssemos outra coisa." (páginas 320-321)
Nos volumes anteriores Lia já tinha nos mostrado sua força e sua personalidade, ao fugir de um casamento arranjado e buscar por sua liberdade de escolha (além de conseguir escapar do Komizar, conquistar o povo vendado e fugir de Venda com Rafe e apenas quatro soldados), mas é neste terceiro volume que ela realmente tem a chance de se provar, calar os que se mostram céticos em relação a ela. E até mesmo Rafe, em determinado momento se mostra extremamente machista, ao tentar impedir que ela agisse segundo suas próprias decisões, tentando controlá-la, tornando-a não mais do que uma prisioneira. Mais uma vez. Tudo isso com a "nobre" intenção de salvá-la, de protegê-la. Lia dá o seu melhor para se tornar uma guerreira, mas ele insiste em vê-la como uma princesa (como se em algum momento nesta trilogia ela tenha se mostrado uma mera princesa, né?!). Claro que com o passar dos capítulo isso muda, mas nem por isso foi menos desagradável. 
"[...] há muito esforço para controlarem a minha vida, mas isso não vem dos livros! Olhe um pouquinho mais para trás! Um reino que me fez ficar noiva de um príncipe desconhecido controlou o meu destino. Um Komizar que assumiu o controle da minha voz controlava o meu destino. E um jovem rei, que queria me forçar a ser protegida, achava que controlaria o meu destino. Não se engane em relação a isso, Rafe. Eu estou escolhendo o meu destino agora, não um livro, ou um homem, ou um reino." (páginas 231-232)
Kaden, por sua vez, ainda parece ser o único a verdadeiramente conhecer a força de Lia (talvez por também ter o dom, apesar dessa informação ter sido jogada na nossa cara no livro anterior, e esquecida desde então). Mas sua presença gera desconfiança em boa parte do livro, não apensas em Rafe e seus homens, mas também no leitor.
"Parecia que, estivesse eu na cidadela ou em terras inóspitas afastadas, meu destino era sempre ficar presa no meio de forças opostas." (página 79)
***
Enfim, gostei bastante do modo como as coisas se desenvolveram, acho que as coisas foram bem amarradas (a maioria delas) e a história não se perdeu . Por outro lado, fiquei esperando que o dom de Kaden, citado tão brevemente no volume anterior fosse explicado, fosse melhor explorado (e fiquei pensando se esse dom tem a ver com a linhagem dele, que aparentemente vem de um dos Antigos). Algumas desavenças entre Lia e Rafe me incomodaram um pouco, já que era o momento em que mais precisavam se unir por um bem comum, mas em certa medida fez bastante sentido, já que eles, enquanto casal, não tiveram tempo, oportunidade e situação propícios para se conhecerem de fato nos meses anteriores. Afinal, estavam sempre em situações que exigiam extrema atenção, cuidada, precaução...
Mais um livro cheio de ação, de girl power, de suspense, surpresas e um final mais do que digno. Super recomendo!
Agora o que me resta é adquirir meu exemplar de "Crônicas de Morrighan", e conhecer um pouco mais sobre o dom, os antigos e essa mitologia sensacional. Sim, tô sedenta por mais, gente!

Classificação: 

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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