3 de fevereiro de 2014

RESENHA: Sedução ao Amahecer (Os Hathaways #2)

Editora: Arqueiro
Autor(a): Lisa Kleypas
Número de Páginas: 256

Sinopse: O cigano Kev Merripen é apaixonado pela bela e bem-educada Win Hathaway desde que a família dela o salvou da morte e o acolheu, quando era apenas um menino. Com o tempo, Kev se tornou um homem forte e atraente, mas ainda se recusa a assumir seus sentimentos por medo de que sua origem obscura e seus instintos selvagens prejudiquem a delicada Win. Ela tem a saúde fragilizada desde que contraiu escarlatina, num surto que varreu a cidade. Sua única chance de recuperação é ir à Franca, para um tratamento com o famoso e bem-sucedido Dr. Harrow. Enquanto Win está fora, Kev se dedica a coordenar os trabalhos de reconstrução da propriedade da família, em Hampshire, transformando-se num respeitável administrador, mas também num homem ainda mais contido e severo. Anos depois, Win retorna, restabelecida, mais bonita do que nunca... e acompanhada por seu médico, um cavalheiro sedutor que demonstra um óbvio interesse por ela e desperta o ciúme arrebatado de Kev. Será que Win conseguirá enxergar por baixo da couraça de Kev o homem que um dia conheceu e tanto admirou? E será que o teimoso cigano terá coragem de confrontar um perigoso segredo do passado para não perder a mulher da sua vida?

Olá gente lindaaaaa!
Hoje trago para vocês a resenha de mais um livro que li nas semanas em que fiquei no sítio da sogrinha. Sabem como é, ar puro, comidinha caipira e muuuuuito tempo livre rendem muita leitura.
O livro da vez é um romance histórico lançado pela Arqueiro e pela primeira vez comecei uma série pelo segundo volume. Infelizmente, quando solicitei o primeiro volume da série “Os Hathaways”, o livro estava esgotado, assim, comecei pelo segundo mesmo.

Em “Sedução ao Amanhecer”, o leitor é introduzido à Inglaterra oitocentista e ao universo cigano (como no livro anterior, creio). Para mim foi uma surpresa muito agradável conhecer um pouco da cultura cigana, ainda que de um tempo bem distante.
Win Hathaway é apaixonada por Merripen há anos, desde que seu pai o encontrou ferido e o acolheu em sua casa. O garoto cigano estava ferido e havia sido abandonado pela própria tribo para morrer. Por isso, não é de se espantar que ele tenha se mostrado arredio e arisco desde o primeiro momento, rosnando para todos que entrassem no quarto em que se recuperava de seus ferimentos. A única que parecia ser bem vinda ao leito era a pequena Win que com sua delicadeza conquistou o coração selvagem do jovem cigano. Porém, mesmo passados vários anos e, Merripen jamais admitiu seus sentimentos por Win. Ele não é bom o bastante para ela.
“Merripen. Seu amor, mas nunca seu amante. Conheciam-se desde a infância, quando ele fora acolhido pelos pais dela. Os Hathaways sempre o trataram como se fosse da família, mas Merripen agia como um criado. Um protetor. Um forasteiro.” (página 7)
Tendo praticamente crescido juntos, Merripen e Win se tornaram inseparáveis, entretanto, Merripen não se permite ser para Win mais do que um protetor, mesmo sabendo que os sentimentos dela por ele são tão intensos quanto os seus próprios.
Merripen, antes de ser acolhido pela família Hathaway, era tratado pelo chefe de sua tribo como um cão de briga, passando fome e obrigado a brigar, a agredir outros garotos até quase a morte. Quando Kev (nome cigano de Merripen) se recusava a brigar ou sentia remorso após alguma luta, era agredido pelo chefe da tribo até perder a consciência. Assim, após um tempo, ele simplesmente fazia o que era mandado fazer. Não sentia nada.
Mesmo tendo sido acolhido pelos Hathaway e tratado como um membro da família, ele sempre sentiu que devia proteger os membros daquela família. Era o mínimo que ele podia fazer já que não possui família. Já que sua própria tribo, que apesar de tudo era o mais próximo que tivera de uma família, o abandonara.
“Kev a amava. Não como descreviam os romancistas e poetas. Nada tão domesticado. Amava Win além da terra, do céu ou do inferno. Cada momento longe dela era agonia; cada momento com ela era a paz que jamais conhecera. Cada toque daquelas mãos nele lhe devorava a alma. Kev teria se matado antes de admitir tudo isso a alguém. A verdade estava enterrada fundo em seu coração.” (página 29)
Após contrair escarlatina, Win nunca se recuperou totalmente. Por isso, tendo uma saúde muito frágil, ela parte para a França com o irmão Leo para iniciar um tratamento. Após dois anos ela retorna com a saúde recuperada e mais linda do que nunca. Junto com a saúde, Win adquiriu alguns quilos, o que lhe conferiu algumas curvas. Com certeza Kev irá aprovar a aparência de Win.
No tempo em que Win esteve fora, ela enviou várias cartas para seu amado, apenas uma foi respondida e, ainda assim, continha apenas coisas do cotidiano, nada que uma mulher apaixonada gostaria de ler. Merripen se tornou ainda mais duro e taciturno na ausência de Win. Trabalho muito para a reconstrução da propriedade da família Hathaway, supervisionando construtores, artesãos e jardineiros, porém parece não sentir satisfação alguma com nada, parece menos civilizado que nunca.
Win espera que agora que está de volta e saudável, Merripen finalmente admitirá seus sentimentos por ela. Mas não será tarefa fácil fazer o cigano turrão se abrir.
Embora eu tenha me irritado um pouco com a teimosia e aspereza de Kev, me diverti bastante com seu ciúme explosivo de Win e de sua relação com Rohan, marido de Amélia Hathaway (protagonistas do primeiro livro da série).
“Tremendo, Win fechou os olhos e não tentou resistir. Os soluços eram sufocados pela mordaça que cobria sua boca, nenhum de infelicidade ou medo, mas de alívio. Esse não era um ato impulsivo. Era um ritual. Um antigo rito que fazia parte do namoro cigano e não havia nele nenhuma hesitação. Ela seria raptada e tomada à força.
Finalmente.”
(página 167)
 ****
Eu amei o livro!
Pra começo de conversa, eu ADORO romance histórico, o que já é motivo suficiente para me apaixonar pela história criada por Lisa Kleypas, porém, o que me encantou de verdade foi a cultura cigana retratada na trama. Embora essa cultura não seja bem o cenário da história, ao longo da narrativa vamos conhecendo alguns aspectos dela, o que é bastante fascinante. Os personagens são encantadores e, Kleypas é generosa com todos, de modo que não apenas os protagonistas desse romance tenham espaço, pelo contrário, há momentos do casal do primeiro livros e também dos outros irmãos Hathaway. Meu personagem favorito (dos 'secundários') é o Leo, único homem da família Hathaway, um canalha libertino com o coração partido. Mal posso esperar para ler o romance no qual ele será o protagonista.

Classificação:

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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