RESENHA: Aconteceu em Paris (Eve Dexter - Livro #1)

Editora: Novo Conceito
Autor(a): Molly Hopkins
Número de Páginas: 480

Sinopse: Evie Dexter quer fazer carreira como guia de turismo. Determinada como é, e cheia de coragem por causa de um ou outro drink, ela logo começa a “melhorar” seu currículo. E consegue um ótimo emprego: acompanhar turistas por toda Paris.Agora é só uma questão de se firmar como profissional demonstrando o seu melhor. Mas os vinhos franceses são tão gostosos... E seu tutor, Rob, é bonito demais!

O primeiro romance de Molly Hopkins é um livro que todo mundo gostaria de ler. É verdade que você pode se incomodar com o comportamento de Evie quando ela descobre que Rob é muito rico, e pode até ser que você ache que Rob é exageradamente controlador. Mas nada é maior que as gargalhadas que você dará quanto mais conhecer a garota descomedida, apaixonada e com um imenso coração que é Evie. Uma moça como muitas que conhecemos.

Olá gente lindaaaa!

Finalmente consegui ler "Aconteceu em Paris" que despertou minha curiosidade logo que a Novo Conceito liberou a sinospe (já a capa não me entusiasmou tanto.... bem que poderiam ter mantido a capa original). O livro, aparentemente, é o primeiro de uma trilogia (ou série?), na verdade acho que se trata daquele tipo de série com livro independentes, como "Anna e o Beijo Francês" e "Lola e o Garoto da Casa ao Lado".

Evie tem 26 anos, está recém desempregada e com alguns probleminha. O primeiro e mais grave é que ela bebe demais. Sério gente, ela fica bêbada durante boa parte do livro, nunca sabe quando parar. Outro probleminha é que enquanto estava empregada em uma empresa de publicidade, ela meio que gastou mais do que devia e acabou gerando uma dívida gigante com o cheque especial.
Evie mora com sua amiga Lulu em seu apartamento e, confesso que é difícil dizer quem é a mais doida. Dei boas risadas com essa dupla, a mania de comprar TUDO de Lulu, a desorganização de Evie e a lembrança de muitos carões passados juntas. Bem, como está desempregada, Evie decide que é a oportunidade ideal de investir em uma nova profissão, e nada melhor que unir o útil ao agradável, ela quer ser guia de turismo.

"- Eu quero viajar, conhecer novas pessoas e ser paga para isso. - Eu me contorci. Isso soava estúpido e fútil até mesmo para mim.
- Nesse caso, você já pensou em seguir carreira como astronauta? Você - ela disse, me apontando o dedo acusatório - é a última pessoa que eu recomendaria para ser guia de turismo." (página 20)

Profissão escolhida, Evie não pouca esforços (e mentiras) para rechear seu currículo e tentar uma vaga em uma empresa de turismo. Adivinhem: boa de papo e cara de pau como ninguém Evie consegue o emprego dos sonhos e recebe a função de viajar para Paris com seu primeiro grupo no dia seguinte.
Animada com a viagem, Evie acaba passando por maus bocados de casa até o ponto de encontro do ônibus de viagem, ela esquece nada menos que a bolsa (onde estão seu passaporte, informações sobre a viagem, itinerário, dinheiro...) em casa. Chega ao ônibus aos prantos e se joga nos braços do desconhecido motorista, Rob. Após acalmá-la, ele garante que consegue levá-la para Paris e escondê-la no banheiro quando chegarem na alfândega.

"- Isso já aconteceu antes? Quero dizer, você já conseguiu contrabandear alguém com sucesso? - perguntei, esperando que ele respondesse "Acontece toda semana".
- Não, nunca - admitiu. Fechou as últimas duas portas do bagageiro, enquanto eu mordia, ansiosa, meu polegar.
- Como você pode estar tão confiante?
Ele inspirou profundamente.
- A última coisa que gostaria, agora que a conheci, é passar um final de semana em Paris sem você. - Sua voz era suave, enquanto prendia uma mecha solta de seu cabelo atrás da orelha. Ele colocou a mão nas minhas costas. - Vamos embora. Tudo vai dar certo." (página 66)

É a´que a aventura (e as confusões) começam. Evie não faz ideia do que está fazendo, mas  é cara de par o suficiente para improvisar e, tendo o prestativo, gato, sexy Rob ao seu lado (e em sua cama) durante a viagem tudo parece simples.
Nem preciso dizer que Evie cai nos braços de Rob na primeira oportunidade, né?! Destrambelhada, cheia de problemas e sem namorado há um tempo, seria difícil resistir aos encantos do motorista gostoso, né?!
Outros personagens também não deixam a desejar e acabam nos arrancando boa risadas, a irmã de Evie, Lexy que é tão doida quanto ela, as sobrinhas gêmeas de três anos, sendo uma delas um tanto quando maléfica. Ri horrores toda vez que a pequena Becky aparecia com sua personalidade do mal, hahahha. Nikky, o vizinho grego e gato de Evie também é bem divertido, assim como toda sua família maluca.

"E caí no choro. Não foram fungadas discretas ou um choramingar sutil. Não, nada disso. Isso teria sido ótimo. O choro veio do âmago do meu ser e meus ombros tremiam enquanto eu soluçava. Ajudada pelo microfone, eu parecia uma foca transando. Começou a desordem. Duas colunas de rostos, até agra felizes, retesaram-se de preocupação. Doris e Ellen gritaram horrorizadas, pularam da poltrona e jogaram os braços em torno de mim." (página 157)

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Apesar de ter rido muito, muito mesmo durante a leitura, confesso que demorei um pouco para simpatizar com a protagonista. Ela é engraçada, divertida, mas.... irresponsável, imatura e desequilibrada demais. Ela mente pra caramba e, em determinados momentos ela viaja tanto em suas mentiras que acaba acreditando. Porém, com o desenrolar da história o amadurecimento da personagem é evidente. Claro que ela não muda da água para o vinho, mas suas decisões e seu posicionamento diante de um acontecimento específico da história foi digno de meu respeito. Uma coisa que me deixou, talvez, um pouco frustrada é que durante boa parte da leitura eu esperei por um envolvimento entre Evie e o vizinho grego gato. O que não ocorreu, evidentemente. Uma leitura divertida que vai te fazer rir muito. Cumpre bem o papel de entreter. Recomendo!

"Ela estava deslumbrante numa saia curta, de linho vermelho, e uma blusa de renda branca. Seus pulsos estavam repletos de pulseiras douradas que chacoalhavam, e um maravilhoso pingente de cristal enfeitava seu decote. Senti-me enjoada, gorda, deselegante e com oitenta anos de idade.
- Bonjour, ça va? - ela falou, animada.
- Tudo bem - menti, desanimada, mas logo me alegrei quando percebi uma espinha enorme e pulsante em seu queixo. Resolvi expulsá-la da conversa e me dirigir à sua espinha pelo restante do dia." (página 200)

Classificação:

***

Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!