RESENHA: A Falsa Princesa [+ SORTEIO ENCERRADO]

Editora: FAROL
Autor(a): Eilis O'neal
Número de Páginas: 408

Sinopse: Princesa e herdeira do trono de Thorvaldor, Nalia leva uma vida privilegiada na Corte. Mas, logo após seu aniversário de dezesseis anos, ela descobre que é uma falsa princesa e que foi colocada no lugar da verdadeira para protegê-la. Obrigada a deixar o palácio com pouco mais do que suas roupas, a garota, agora chamada de Sinda, terá de abandonar a cidade, seu melhor amigo, Kiernan, e a única vida que ela conhecia. Enviada para viver com a tia no interior, Sinda não se mostra capaz de executar nem a mais simples tarefa. Mas, para sua surpresa, ela descobre que uma intensa e perigosa magia corre por suas veias, e que ela jamais será apenas uma humilde camponesa. Sinda retorna à cidade em busca de respostas. Reencontra o garoto que se recusou a abandoná-la e desvenda segredos que podem mudar a história de Thorvaldor para sempre. Com uma trama surpreendente e uma aventura de tirar o fôlego, A falsa princesa é um grande romance de fantasia e uma história que encantará os leitores.

Olá gente lindaaaaa!

Voltei de viagem e, trouxe váaaaaaaaaaaaaaarias resenhas para vocês! Iupiiii!

Semana passada fiquei no sítio da sogra e consequentemente, sem acesso à internet (as postagens que foram ao ar estavam programadas). A vantagem de ficar sem internet é que sobra mais tempo para as leituras, né?! Pois bem, confiram a resenha de "A Falsa princesa".

Após completar 16 anos, sendo a princesa de Thorvaldor, Nalia descobre que não passa de uma substituta da verdadeira princesa. Segundo o oráculo, a princesa poderia ser morta antes de completar dezesseis anos. Para proteger a herdeira do reino, o rei e seus magos de confiança armaram um plano e trocaram a princesa recém-nascida por outro bebê, deixando a verdadeira princesa em um lugar seguro e uma falsa em seu lugar: Sinda, a filha de um tecelão, uma mera substituta.

"De repente nada podia me fazer sentir pior, mais perdida e sozinha, do que eu já me sentia. Mas havia doído ainda mais ficar em pé diante daquela gente e ouvir o homem que eu pensava ser meu pai me tirar o nome." (página 28)

Ainda que nunca tenha se adaptado e se encaixado no palácio... sempre tropeçando nos próprios pés, sempre longe de parecer uma princesa, a vida como futura rainha era tudo o que Sinda conhecia e, sem dúvida, não a havia preparado para a vida simples com a tia tintureira (sobre a qual nunca ouvira falar) com a qual teria que se acostumar.

Em princípio, achei estranho o fato de Sinda não ter questionado, reclamado ou hesitado em deixar o palácio com o rabinho entre as pernas ao receber a notícia de apenas prestou um serviço à corte (por 16 anos de sua vida) e que não passava de uma substituta colocada no posto de princesa para morrer no lugar dela... Achei que toda essa passividade de Sinda devia-se ao choque da revelação, como se com os acontecimentos, Sinda encontra-se em um torpor e estivesse 'em piloto automático', mas a partir do momento em que ela só demonstrou sentir saudades de Kiernan, seu único e verdadeiro amigo que deixou para trás junto com sua antiga vida, como se em 16 anos nenhum vínculo houvesse sido criado entre ela e os pais, a coisa ficou bem estranha.... Não me pareceu que entre ela, o Rei e a Rainha houvesse alguma intimidade, alguma familiaridade... me pareceu uma relação bem superficial.

"Era como respirar outra vez depois de quase se afogar, como beber água depois de rastejar através do deserto. Todas as preocupações que me haviam assolado desapareceram, e eu me sentia relaxada e realmente vida pela primeira vez desde que entrara na carruagem ao lado do estábulo e deixara o palácio. Ele era meu amigo, e havia ido me procurar." (página 79)

Confesso que a maior parte do período em que Sinda passa com a tia, aprendendo o ofício de tingir lã e se lamentando pela vida que lhe foi tomada, a leitura foi um pouco lenta, mas assim que Sinda descobre que apesar de não ser uma princesa é muita aventura começa e Sinda resolve dar o seu melhor para ser a 'salvadora' do reino e, junto com Kiernan aprende a não baixar a cabeça e aceitar tudo sem reclamar. Dessa longa amizade, cultivada durante tantos anos e, com a ajuda de uns perrengues passados juntos, poderá surgir (ou aflorar) novos sentimentos.

"- Desculpe - Kiernan pediu sorrindo. - Você está bem?

- Sim - respondi, mas minha voz soou mais fraca do que eu pretendia. Senti o calor invadindo meu rosto, e me arrastei para sair de debaixo dele antes que Kiernan pudesse ver meu rosto. Cheguei perto a porta me perguntando qual era o problema comigo." (página 243)

*****

Com certeza houve um grande amadurecimento da personagem Sinda que, no início era passiva, tímida (medrosa?) e passa a ser decidida e corajosa (claro que com a ajuda de outros personagens que precisaram dar alguns empurrõezinhos).

A trama é recheada de suspense, mistério, um "Q" de investigação, magia e uma pitada de romance. Apesar da lentidão na descrição do cotidiano de Sinda em Treb (vilarejo onde mora a tia) a leitura me prendeu do início ao fim e acabei adorando a leitura. Claro que Sinda não é perfeita (longe disso) e, por vezes, me deu nos nervos, mas 'burradas' vindas de alguém que perdeu seu mundo e seu 'eu' da noite para o dia, é compreensível (convenhamos).

Um defeitinho que encontrei na narrativa é que em alguns momentos a cena / ambiente mudam de um parágrafo para outro, de modo a deixa o leitor meio perdido até perceber que trata-se de uma cena diferente da anterior, mas nada que uma segunda revisão não resolva. ^^ Recomendo!

Classificação:

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