Autor(a): LRDO (Laís Rodrigues de Oliveira)
Número de Páginas: 304
Sinopse: Primeiras Impressões é uma adaptação moderna do clássico Orgulho e Preconceito de Jane Austen. O romance eterno de Lizzie e do Sr. Darcy é situado desta vez entre paisagens paradisíacas do Brasil e cenários surpreendentes dos Estados Unidos, em um relacionamento complexo entre uma carioca sarcástica e brilhante e um político americano de uma família conservadora.
Olá gente lindaaa!!
Hoje eu FINALMENTE venho falar sonre a adaptação moderninha de "Orgulho e Preconceito", desta vez de uma autora nacional, a Laís Rodrigues.
Quem acompanha o blog deve se lembrar da postagem que fiz sobre as minhas primeiras impressões sobre o livro, baseadas nos dois primeiros capítulos que eu havia recebido em pdf da autora. Se você não viu, basta clicar AQUI.
Como eu disse, a história reconta a famosa obra clássica da inglesa Jane Austen, mantendo a linearidade e cronologia dos acontecimentos, claro que dando aquela repaginada. Os leitores de Jane Austen vão se deliciar (assim acredito) ao encontrarem personagens tão conhecidos e ao mesmo tempo tão novos em "Primeiras Impressões".
A família Benevides (que faz as vezes dos Bennett) é proprietária, juntamente com a família Lopez, de uma rede de pousadas na cidade de Búzios, no estado do Rio de Janeiro.
Ainda temos as irmãs Jane, Liz, Lídia e Maria (Mary) e a essência de cada uma foi mantida com maestria. Jane e Liz acabam de se formar e, após a conclusão dos estudos em Boston, retornam para Búzios a fim de passar o final de ano e carnaval antes de retornar para os Estados Unidos. Lídia, ainda menor de idade, não pode ser classificada de outra forma senão "piriguete" e Maria, a irmã CDF, assim como a personagens de Austen, troca qualquer evento por um bom livro. Afinal, que prefere uma festa de aniversário, anos novo, carnaval a leitura da obra de Machado de Assis? (Eu!).
Quando os americanos Charles Bing e Frederick Darcy passam uma temporada em Búzios, já que o primeiro comprou nada menos que uma ilha, acabam socializando com a família Benevides e... bem, o resto da história a gente já conhece.
Embora eu tenha me surpreendido com a criatividade da autora em criar versões atuais (e totalmente críveis) dos nossos amados personagens, também pensei "Gente, como não pensei nisso?". Por exemplo, faz todo sentido o sr. Darcy ser um político. Gente, alguém pode negar?
A matriarca Benevides, por sua vez, é uma versão muito mais fútil que a original, mas igualmente constrangedora.
"Minha querida Liz, você realmente acha que seus pais se conheciam quando se casaram? Ou os meus? Podemos sair com alguém durante uma década e não conhecê-lo verdadeiramente. A verdade é que nós nos casamos com desconhecidos. Alguns mais, outros menos. Entretanto, nunca conhecemos o nosso companheiro por completo. Amar é arriscar-se. Entregar-se ao outro é jogar na loteria. Há grandes chances de perder e ficar com o coração partido. Mas é melhor que nunca tentar, não é mesmo?" (página 112)
Ao ver uma versão contemporânea da obra mais famosa de Austen e perceber que a autora LRDO conseguiu manter a essência original, nos oferece duas hipóteses: ou Jane Austen era mesmo bem à frente de seu tempo, ou pouca coisa mudou na sociedade e nos hábitos e papéis sociais desde então. Eu ou levada a acreditar na segunda hipótese. Apesar de tantas mudanças, conquistas e etc., certas coisas nunca mudam (como podemos ver no comentário de Lotte sobre os relacionamentos em geral).
Gostei bastante da reconstrução dos diálogos, da recontextualização das situações e gostei mais ainda da inserção de um sonho "não muito recatado" de Liz (que tem tudo a ver com a capa do livro, gente).
Só posso recomendar a leitura e dizer que me diverti bastante durante a leitura. Devo agradecer, é claro, a autora por me possibilitar essa experiência. Muito obrigada, Laís!
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Espero que gostem!!
Beijos e amassos!!
Oi Amanda,
ResponderExcluirQuanto tempo não passo por aqui, teu blog tá mudado! kkkk Deve fazer muito tempo mesmo! HAHAH' Adorei a resenha, eu nunca tinha ouvido falar nessa 'adaptação' nacional de Jane Austen. Apesar de não ser o meu tipo de livro, porque não curto esse lance de distorcer a história original, deve ser bacana para quem quer ler algo mais atual. Talvez assim os jovens gostem mais da senhorita Austen ;) Proposta interessante!
Beijos,
Mari Siqueira
http://loveloversblog.blogspot.com