21 de janeiro de 2013

RESENHA: O Caminho para Casa

Editora: Arqueiro
Autor(a): Kristin Hannah
Número de Páginas: 352

Sinopse: Durante 18 anos, Jude pôs as necessidades dos filhos em primeiro lugar, e o resultado disso é que seus gêmeos, Mia e Zach, são adolescentes felizes. Quando Lexi começa a estudar no mesmo colégio que eles, ninguém em Pine Island é mais receptivo que Jude. Lexi, uma menina com um passado de sofrimento, criada em lares adotivos temporários, rapidamente se torna a melhor amiga de Mia. E, quandoZach se apaixona por ela, os três se tornam companheiros inseparáveis.
Jude sempre fez o possível para que os filhos não se metessem em encrenca, mas o último ano do ensino médio, com suas festas e descobertas, é uma verdadeira provação. Toda vez que Mia e Zach saem de casa, ela não consegue deixar de se preocupar.
Em uma noite de verão, seus piores pesadelos se concretizam.
Então a vida dá uma guinada, levando os personagens a viver sentimentos intensos – amor e ódio, culpa e perdão – que qualquer um de nós poderia experimentar. Uma decisão muda seus destinos, e cada um deles terá que enfrentar as consequências – e encontrar um jeito de esquecer ou a coragem para perdoar.
O caminho para casa aborda questões profundas sobre maternidade, identidade, amor e perdão. Comovente, transmite com perfeição e delicadeza tanto a dor da perda quanto o poder da esperança.
Olá gente lindaaaaa!
Cá estou para dividir com vocês as impressões que tive da minha primeira leitura de 2013 e, só posso começar essa resenha dizendo que eu não poderia ter escolhido nada melhor para iniciar o ano. "O Caminho para Casa" é um livro que mexe com os sentidos do leitor. Nos faz reviver e sentir saudades da entrega ao primeiro amor, da importância da família, do amor fraternal, do amor familiar..... nos arranca suspiros, lágrimas... nos encanta e, também nos deprime. Nos deixa em cima do muro, divididos entre a dor da perda e a dor da culpa.
A história é narrada em terceira pessoa e tudo gira em torno da família Farraday e Lexi Baill, que não poderiam ter vidas mais diferentes.
Jude Farraday é uma mãe super protetora e esposa apaixonada. Mãe de gêmeos, desde o nascimento dedica cada minuto de sua vida aos filhos, em protegê-los e fazê-los se sentir amados, coisa que a própria mãe nunca fez. Seu maior medo, além de que algo ruim aconteça aos filhos, é se tornar como sua mãe.
Lexi, por sua vez, é filha de uma viciada, viveu boa parte de sua infância (se não toda) em lares adotivos temporários, nunca teve uma família ou mesmo se sentiu parte de uma. Desde a morte da mãe, finalmente encontrou um parente, sua tia-avó Eva e, foi a primeira vez em que foi acolhida como em uma verdadeira família.
A vida de Lexi começou de verdade aos 14 anos, quando finalmente foi morar com Eva, em um trailer alugado e, no primeiro dia de aula conheceu Mia e Zach. Mia era uma garota tímida e sem amigos, o irmão gêmeo, por sua vez, o garoto mais lindo e popular do colégio. Foi amor a primeira vista, mas Lexi sabe que ele não gosta dela e, por isso se entregou de alma e coração à nova e única amizade, com Mia.
"- Você é a garota nova - disse ele baixinho, tirando os cabelos louros e compridos da frente dos olhos.
- Ela é minha amiga - falou Mia, abrindo um sorriso tão largo que o aparelho ficou parecendo um borrão multicolorido.
O sorriso do garoto desapareceu.
- Meu nome é Lexi - disse ela, embora ele não tivesse perguntado.
Ele desviou o olhar desinteressado.
- Eu sou o Zach." (página 30)
Daí em diante os três nunca mais se separaram. Melhores amigos. Com exceção de Zach que evitava o mínimo contato com Lexi. Porém, ainda assim, Lexi se sentia em casa, se sentia em família. A família Farraday a acolheu de verdade. Jude era do dona do melhor abraço, Miles (pai de Mia e Zach) fazia qualquer pessoa sorrir, Mia era sua melhor amiga e Zach.... sem nem mesmo olhar para ela, fazia seu coração flutuar.
Quatro anos se passaram e, sem que nenhum deles suspeite, o ano promete muitas mudanças em suas vidas. Mia foi convidada para ir ao baile, mas só vai se Lexi também for. Lexi não tem um par. Mas, Jude convence Zach a acompanhá-la.
"- Eu sei que você não queria me trazer para o baile, Zach. Desculpe-me.
- Você não sabe de nada.
- Desculpe-me.
Ele a pegou pela mão e a puxou por entre as pessoas. Ela o seguiu, tropeçando, tentando manter o ritmo e sorrindo para as pessoas que empurrava, para que não parecesse tão estranho que Zach a puxasse pelo salão.
(...)
- Posso beijar você, Lexi?
Em sua cabeça, ela disse não, mas, quando Zach a olhou, ela apenas balançou a cabeça e a voz não saiu.
- Se quiser me impedir - disse ele, puxando-a para si - , a hora é agora.
E então ele a beijou e ela caiu e voou, girando e se transformando em outra pessoa, em outra coisa. Quando ele finalmente afastou o rosto, estava tão pálido e trêmulo quanto ela, o que foi um alívio, porque ela estava chorando.
Chorando. Que idiota..."
(página 64)
Desde então, Zach e Lexi tem que tentar esconder seus sentimentos para não magoar Mia, pois ela se sentiria traída se soubesse que a melhor amiga sempre foi apaixonada pelo irmão e que, desde que o irmão a viu pela primeira vez, quis chamá-la para sair, mas ao saber da amizade de Lexi com a irmã, fingiu não gostar dela e se manteve frio e distante. Mia nunca teve outra amiga e Zach sabe disso, por isso teme magoar a irmã e lhe roubar a única amiga que teve a vida toda. Mas.... Zach sabe que é amor o que sente por Lexi e, embora ele possa notar o medo no olhar de Lexi, ele sabe que ela também o ama.
"- Como você descobriu que amava o papai?
(...)
- Eu soube na primeira vez em que o vi. (...) Acho que seu pai me fez lembrar do que era sentir amor e, quando ele me beijou pela primeira vez, eu chorei. Na época eu não soube por quê, mas hoje eu sei. Aquilo era amor e eu fiquei apavorada. Eu percebi que nunca voltaria a ser como antes. - Ela sorriu para o filho, que, incrivelmente, absorvia cada palavra. - Um dia você vai encontrar a garota certa, Zach. Prometo. Você vai ser adulto e ela vai ser uma mulher, e, quando a beijar, você vai perceber que o seu coração é dela.
- E ela vai chorar.
- Com um pouco de sorte, vai."
(página 73)
Eles tinham tudo para dar certo. Era só explicar seus sentimentos para Mia, manter contato quando fossem para a faculdade, mas... mesmo após conversarem e, teoricamente, entenderem que, precisam seguir outros rumos, ainda que mantenha contato, nenhum deles está satisfeito em ter que ir para faculdades diferentes e ficarem separados.
E, em uma festa, bebendo para esquecer o futuro incerto, a história toda muda. Suas vidas jamais serão as mesmas e, a preocupação com a faculdade será uma insignificância diante da tragédia que cairá sobre todos. Um decisão errada custa caro e, a vida de Lexi e da família Farraday mudará completamente.
*****
Uma história sobre amor, perda, dor, culpa e perdão.
Eu poderia me ater a outros aspectos da história, mas preferi me apegar ao primeiro amor e na certeza que sentimos de que tudo pode ser eterno, embora quase sempre nos enganamos. Eu poderia ter colocado quotes que desse a vocês uma noção do que acontece no livro que faz com que tudo mude, mas.... o amor entre Lexi e Zach que, ao longo do livro será tão afetado, correrá tanto o risco de ser apagado que preferi reviver essas passagens e me deliciar com a doçura de cada um deles.
Um livro completo. Com cenas fofas, cenas tristes, cenas fortes..... um turbilhão de sentimentos reunidos em 353 páginas, esperando para ser lido por você, esperando para tocá-lo...
Se eu recomendo? Claro que sim!
Entou para os favoritos de 2013 e, confesso que será difícil que algum outro livro supere este ao longo deste ano inteiro que temos pela frente.

Classificação:

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

Um comentário

  1. Oi Mandinha!
    Ahh, achei muito drama, confesso. Eu fico agoniada com esse tipo de história assim. Quando tudo facilmente podia dar certo, mas por causa de um motivo bobo e nada a ver (eu achei esse motivo tosco, o que é que tem se a menina é melhor amiga da irmã dele? Por causa disso eles vão negar tudo que sentem e passar a vida inteiro separados?) tudo começa a dar errado e acontecem desastres e tristezas. Me lembrou um pouco alguns livros que já li da Danielle Steel dos quais não gostei nem um pouco, fico com mais raiva do que qualquer outra coisa.
    Não é que o livro seja ruim, é que este tipo de romance, cheio de provações mais ou menos explicadas, motivos incertos, tragédias e sofrimentos não faz muito o meu estilo, sabe? Não gosto de ver claramente que a coisa podia ser resolvida de uma forma SUPER simples, mas os personagens complicam tudo e causam a própria desgraça.
    Nossa, eu falo demais hahaha
    Beijos!

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