11 de março de 2019

RESENHA: A Vidente

Editora: Lua de Papel
Autor(a): Hannah Howell
Número de páginas: 224

Sinopse: Estamos no século XVIII, na Inglaterra georgiana. Como todas as gerações de sua família, Chloe Wherlocke possui habilidades especiais, e o seu dom é enxergar além da visão física. 
Em 1785 ela prevê a morte de uma mulher que acabara de dar à luz e toda uma trama para atender a motivos escusos. Ao encontrar uma criança abandonada ao lado do corpo da mãe, ela salva o bebê e o cria escondido do mundo. Fazia isso por amor, mas talvez houvesse neste gesto alguma força do destino... 
Com o passar dos anos, Chloe descobre que o encontro com a criança não havia sido uma simples coincidência e nota, pouco a pouco, um desenrolar de acontecimentos que envolviam todos os membros de sua família, num jogo de traições, mentiras e assassinatos. 
Consciente de tudo, ela precisa ser rápida para salvar a vida do pai do menino, o conde Julian Kenwood, e avisá-lo que o filho não morreu. Mas, ao se aproximar da família Kenwood, Chloe percebe seu sentimento de proteção por Julian se transformar enquanto a cada momento tudo fica mais perigoso.

Olá gente lindaaaa!!
Hoje vim falar sobre um livro que estava perdido na minha estante de de... 2011. Sim, 2011! 
Lembro que na época o comprei por causa da capa (#quemnunca), sem ao menos ler a sinopse. E, olhando em retrospecto, talvez eu tivesse apreciado muito mais a leitura de "A Vidente", de Hannah Howell, se o tivesse lido naquela época, quando eu já não tinha muito padrão de comparação. No entanto, lendo-o hoje, após conhecer outros livros e autores do gênero, o livro deixou um pouco a desejar.

O livro começa com uma cena nada alegre: a irmã de Chloe acaba de dar a luz a uma criança morte, em um casebre no meio do nada, quando dois homens entram e substituem o bebê morto por outro perfeitamente sadio. A mãe, moribunda, em breve também estará morta e o bebê sadio acabará por segui-la, quando não obtiver cuidados. Esse é o plano. No entanto, Chloe, que tem um dom especial (bem característico de sua família), já havia previsto a cena, por isso manteve-se escondida na cabana a fim de resgatar o bebê sadio após a saída dos homens. E é assim que, de algum modo, Chloe acaba tendo sua fica entrelaça-da a do conde Julian Kenwood.

Julian Kenwood é o pai da criança que foi colocada na cabana para morrer. Ele é casado com a cruel Beatrice, que não deseja dar herdeiros ao marido, por isso o faz acreditar que seu primogênito nasceu morto. Cego pela paixão pela esposa, Julian demora muitos anos para perceber que Beatrice não é quem ele imaginava ser, e acaba se entregando á bebida e a vida noturna de londres, se é que me entendem... Até que, mais uma vez, Chloe entra em cena. Ela, juntamente com o primo Leo, salva Julian de ser esfaqueado (a mando de Beatrice e Arthur, tio de Julian) em um beco escuro. É chegada a hora de abrir os olhos do conde.
Após resgatar a criança deixada ao lado de sua irmã, Chloe o criou por três anos da melhor forma possível, aguardando pelo momento em que seria seguro contar a verdade ao conde, ou seja, quando ele já não estivesse tão cego em relação a esposa. Antes disso, ele jamais acreditaria em tudo o que Chloe e seu primo têm para contar.
Primeiramente, é difícil convencer o conde (ou qualquer outra pessoa) sobre seu dom de prever o futuro por meio de visões aleatórias. Mas dons desse tipo são comuns na família de Chloe, assim como são os casamentos sem amor. Sua irmã foi praticamente renegada pela família após se casar com um homem de classe inferior por estar apaixonada. E, Chloe, por sua vez, foi igualmente rejeitada pelos pais após seguir a irmã para cuidar dela, já que sabia que dias ruins logo chegariam.
Além de ter de explicar sobre como ela foi capaz de prever o cruel plano de Beatrice, é mais difícil  ainda ter de contar para Julian que seu tio Arthur, que almeja o o título, as propriedades e demais bens de Julian planejou, inclusive, o casamento do sobrinho. Ele e Beatrice são parceiros de longa data e estavam prestes a tirar Julian do caminho.... e teriam conseguido se Chloe e seu primo não o salvasse em todas as ocasiões.
Em se tratando de romances de época (em especial romances de banca, que é a especialidade da autora), é natural encontrarmos alguns muitos clichês, então isso é totalmente desculpável (pelo menos para mim), mas ainda assim eu fiquei esperando por algo "a mais", por algo que diferisse esse livro de tantos outros. E eis a premissa: a protagonista vem de uma família nada tradicional em que muitos membros possuem certos dons, e por causa deles são meio que considerados páreas da sociedade. Fiquei ansiosa por conhecer alguns desses dons, mas foram pouco desenvolvidos ao longo da história.
O romance por sua vez, em nenhum momento me convenceu? uma moça virgem que após poucos dias na companhia do conde tem certeza de que não conseguirá resistir a ele (ainda que e princípio ele esteja ferido e acamado... e ainda que ele seja um homem casado, diga-se de passagem). O conde, por sua vez, apesar de ter acabado de descobrir que seu casamento foi uma grande farsa e que confiou cegamente em uma mulher repugnante, em fez de se sentir cauteloso em relação a um possível relacionamento, fica todo encantado com a jovem que o ajudou e criou seu filho.
Não que isso não pudesse acontecer ou que eu já não esperasse por isso na história, mas não gostei do modo como tudo aconteceu rápido demais, como não houve aprofundamento na histórias dessas personagens e nem mesmo nos problemas pelos quais estavam passando. 
Só não dei a nota mínima porque a leitura flui super rápido (tanto que nem fiquei marcando quotes) e a história é tão levinha e "superficial" que não exige muito do leitor (e eu estava precisando ler algo que não me exigisse pensar muito hahaha).
Mas, em uma coisa Chloe e eu concordamos:
"Pelo pouco que sabia sobre os homens, eles eram muito bons em enxergar as mulheres como imaginavam que elas devessem ser e não como de fato eram." (página 71)
***
Classificação: 

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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