24 de dezembro de 2012

RESENHA: Estado de Graça

Editora: Intrínseca
Autor(a): Ann Patchett
Número de Páginas: 304


Sinopse: A Dra. Marina Singh trabalha para uma empresa norte-americana que financia o desenvolvimento de uma nova droga na Amazônia. À frente da pesquisa está a Dra. Annick Swenson, que descobriu uma tribo isolada na floresta cujas mulheres permanecem férteis por toda a vida e dão à luz filhos saudáveis depois dos 60 anos, graças ao hábito de mascarem a casca de determinada árvore. Um medicamento feito a partir dessa substância significaria a solução para os problemas de fertilidade de mulheres em todo o mundo. Implacável e intransigente, Dra. Swenson faz de tudo para proteger sua pesquisa dos olhos ambiciosos da indústria farmacêutica e manter em segredo as informações sobre o progresso de seus estudos. Após a morte sem explicações de um dos colegas de laboratório, Marina é enviada ao Brasil com o objetivo de encontrar respostas. Numa odisseia pela Amazônia infestada de insetos, Estado de Graça convida o leitor a desvendar os mistérios guardados no coração da floresta.

Olá gente linda!!!!
Após 3 semanas suuuuuper corridas e recheadas de muitos trabalhos, provas, seminários e tudo mais, finalmente consegui terminar de ler "Estado de Graça"
Confesso que, apesar da sinopse misteriosa e um tanto quanto promissora ter me deixado bem curiosa. eu não sabia o que esperar do livro.

Logo no início conhecemos Marina, uma médica que desistiu da obstetria e se dedica a farmacologia há anos. Se chefe (e amante), Dr. Fox lhe dá a triste notícia de que Anders Eckman, o colega de laboratório, com quem Marina dividiu a sala por sete anos, morreu no Brasil, em uma missão a qual foi enviado para descobrir como os investimentos da empresa farmacêutica estão sendo gastos na pesquisa da Dra. Swenson.
Gente pra caramba, né?! Mas está só começando.
Após refletir um pouco e, sensibilizada pela tristeza causada pela notícia da morte de Anders em sua esposa e filhos, Marina viaja ao Brasil, a fim de encontrar a Dra. Swenson, sua antiga professora da universidade e saber como, exatamente, seu amigo morreu, já que a professora foi tão vaga e fria ao relatar a morte em uma carta. Claro que, descobrir como anda o desenvolvimento da medicação que concederá às mulheres do mundo todo, a escolha por esperar até os 50, 60 anos para engravidarem, também está em seus planos.
"- Os óvulos dessas mulheres não envelhecem, você entendeu? O restante do corpo segue o caminho normal de decadência, ao passo que o sistema reprodutivo permanece sadio. É o fim da fertilização in vitro. Fim das despesas, fim das inseminações que não funcionam, fim das doadoras de óvulos e das barrigas de aluguel. Trata-se de ovular eternamente, menstruar para sempre." (página 29)
A questão é que a Vogel, empresa farmacêutica em que Marina trabalha, financia os estudos e pesquisas que a Dra. Swenson,  a enigmática médica faz no meio da floresta amazônica, mas a Dra. não faz questão de prestar contas e informar a quantas anda a pesquisa, pelo contrário, não dá notícias há um ano e meio, não usa telefone e, nem que quisesse, poderia usar, levando-se em conta que ela reside no meio da floresta, junto à tribo que faz parte de sua pesquisa.
Não demora muito para que Marina descubra que a vida em um país tropical, como todo o calor que Deus deu não é nada fácil e.... quando decide seguir a Dra. Swenson até a floresta onde vive a tribo lakashi, a coisa fica ainda pior.
"Tudo o que a floresta oferecera até agora tinha sido plantas e insetos, trepadeiras entrelaçadas e animais invisíveis, e só isso já era bastante desagradável. Porém, agora Marina percebia que as pessoas constituíam realmente o pior dos cenários." (página 160)
A descrição de Manaus, e mesmo da floresta amazônica me deixou intrigada. É certo que o Brasil, por ser um país grande e com uma diversidade cultural bem extensa, mas... ainda assim é difícil acreditar que Manaus seja tão ultrapassado assim. Deve ser porque estou acostumada ao estado de São Paulo e os privilégios e facilidades que morar nele implicam. Realmente fiquei curiosa para descobrir se Manaus foi descrita fielmente. E, a cultura indígena, ainda que a tribo seja fictícia, é bem intrigante. Índias com mais de 70 anos grávidas e fascinadas por fazer tranças nos cabelos umas das outras....
***
Confesso que a premissa do livro é bem interessante e, no início da leitura eu acabei criando expectativas um tanto quanto altas, mas aos pouco fui desanimando um pouco. Apesar de a história ser boa e muito bem escrita, é descritiva em demasia e as coisas demoram para acontecer. Claro que houve momentos em que fiquei bem curiosa e, outros em que fiquei realmente surpresa com determinados rumos que a história foi tomando, mas não foi um livro que me deixou desesperada por cada página seguinte, e a narrativa é lenta e cansativa.
Agora.... o que realmente mexeu comigo foi o final. O que foi isso? Um final que me fez arrancar meus cabelos. Fiquei inconformada! hahah Cheia de perguntas e quase nenhuma resposta. Se, pelo menos o final tivesse sido melhor explorado ou mesmo melhor explicado eu até perdoaria a narrativa descritiva e parada, mas... após ficar dividida entre dar 3 estrelas ou 4, optei pela primeira opção.

Classificação:

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

3 comentários

  1. Nunca tinha ouvido falar neste livro, mas só por saber que boa parte dele se passa no Brasil já me interessou, outra coisa que me agradou é o fato de a protagonista ser mulher. A capa é bem bonita também.

    Vanessa - Blog do Balaio

    Feliz Natal!!!!!!!!!!!!

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  2. Oi Amanda, não conhecia esse livro, e gostei também da premissa dele, mas não sei se leria. Gostei de saber que a autora aborda uma parte do nosso Brasil tão pouco explorada, mas também fico muito em dúvida se é tudo tão primitivo assim.

    Beijinhos

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  3. Oi, tudo bom?
    Adorei a resenha, muito boa.
    O livro parecer se bom.

    Território das garotas
    @territoriodg
    Bjss *-*
    Passa lá no blog?
    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

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