11 de maio de 2012

RESENHA: Delírio

Editora: Intrínseca
Autor(a): Lauren Oliver
Número de Páginas: 342

Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?.
Parece que eu embarquei de vez nessa onda de sociedade distópica e, para ser sincera, estou gostando muito! hehe
Delírio é uma grande mistura de "suspense", "ação" e romance. Mas, porque essas duas palavrinhas estão entre aspas?? Simples. Porque esses ingredientes são acrescentados à trama com a aparição de Alex.... E, quando ele não aparece na narrativa, bem... aí as coisas ficam um pouco paradas.

Foi-se o tempo em que o Amor era considerado algo bom... um sentimento puro, verdadeiro e essencial. Agora, desde muitos anos atrás, ele é considerado uma doença: amor deliria nervosa. Uma doença cuel que pode levar a pessoa infectada à loucura. E, em casos extremos, pode ser mortal.
"É o mais mortal entre todos os males: você pode morrer de amor ou da falta dele." (página 9)
Lena tem 17 anos e, por mais estranho que possa paracer, está contando os dias para sua intervenção, que é um procedimento cirurgico onde um pedaço (onde a doença é alojada, armazenada...) do cérebro é retirado. Esse procedimento é conhecido como A Cura. (ok, ok... devo admitir que esse procedimento me parece, no mínimo, algo MUITO bizarro, mas....). O caso é que, Lena está contando os dias, não por sentir medo ou estar nervosa, mas porque é algo que ela deseja. MUITO. O motivo é bem simples: ela teme ficar como a mãe e ter o mesmo fim que esta teve. A mãe de Lena passou pela intervenção nada mais, nada menos que 3 vezes. Não funcionou. E, no final das contas, ela cometeu suicídio, não por temer uma nova intervenção, mas por se recusar a permitir que te tirassem o Amor.
A intervenção ocorre após cada jovem completar 18 anos, mas às vezes, quando alguém é infectado, a intevenção é adiantada, podendo causar graves sequelas. Ainda assim é preferível ficar com uma sequela ou lesão cerebral do que contrair o deliria. Antes da intervenção, porém, todos passam por uma avaliação, onde as "aptidões" e especificidades de cada um é analisada a fim de que sejam pareados com alguém compatível. Isso mesmo, pareados. O governo escolhe "os pares", baseado na inteligência, preferências e beleza de cada um. E, como se não bastasse, determina o número de filhos que cara casal deve ter. 
Mas, em sua avaliação (ou a partir dela), o inesperado, ou não tão inesperado assim acontece e, Lena se apaixona. 
"Na segunda vez em que meu mundo explodiu foi também por causa de uma palavra. Uma palavra que subiu pela minha garganta e escapou de meus lábios antes que eu pudesse pensar em contê-la.
 A pergunta foi: Quer me encontrar amanhã?
 E a palavra foi: Sim." (página 119)
Antes disso, Lena nunca achou estranho o fato de haver um toque de recolher para os "não-curados", ou a proibição de qualquer tipo de contato entre eles. Achava isso normal. E a cerca elétrica que circunda toda a extenção da cidade, nunca lhe pareceu que servisse para aprisionar, mas apenas para protegê-los dos Inválidos (que de algum modo se recusaram a fazer a intervensão e fugiram para a Selva, onde há grande concentração da doença).
Mas, agora tudo mudou. Lena se sente tarída por todos. Se sente enganada. Sente mal por ter sido envolvida por toda a mentira que é sua vida, sua cidade e tudo o que a rodeia. Será que ela, após conhecer Alex, após conhecer o amor, vai permitir que lhe tirem isso? Para Lena, é impossível imaginar uma vida sem Alex. Não mais.
"Amor: uma única palavra, algo delicado, uma palavra que ão é mais larga ou longa que uma lâmina. É o que ela é: uma lâmina, uma navalha. Ela corta pelo centro de sua vida, cortando tudo em duas partes. Antes e depois. O restante do mundo cai em ambos os lados." (página 237)
 ****
Se eu gostei? Sim, eu adorei. Mas...
Como eu disse no início da resenha, a coisa fica boa mesmo, ganha um pouco de ação graças a Alex, o que significa que a leitura embala mesmo após quase 200 páginas. A narrativa não é chata, nem cansativa, loge disso, mas não passa de um longo monólogo da personagem Lena que, às vezes fica um pouco repetitivo. É mais como a descrição da própria alienação. Até conhecer Alex, Lena NUNCA se arriscou. EM NADA. Não por medo, mas porque ela simplesmente aceitava o fato de sua vida ser totalmente controlada pelo governo. E é, basicamente esse controle que aparece até quase metade do livro.
Alex é um fofo, gente! Me apaixonei (Ah vá! Jura??). Ele é "romântico", o que é uma raridade em Delírio hahah. Ele consegue transformar Lena em uma pessoa mais forte, mais determinada. É isso que ele faz, É isso que o amor faz nesse livro.
AMEI a escrita da Lauren. É o primeiro livro dela que eu leio, mas posso dizer que é apenas o primeiro de muitos. RECOMENDO!

Classificação:

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

9 comentários

  1. o livro me parece muito bom, só vejo elogias positivos sobre o livro.
    como seria viver sem o amor.
    bjs

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  2. capa incrivel, estou louca pra ler
    está na minha lissta para ler ainda esse ano!

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  3. Quando eu vi essa capa pela primeira vez fiquei indecisa se gostava ou não. É diferente... Mas nada que me encante realmente.
    Quero o livro pela sua história *0* Adorei !!!
    www.Imaginayre.com.br

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  4. Esse livro vem fazendo um sucesso geral pela blogosfera, então deve haver algo interessante aí. Estou especialmente curiosa pelo fato tão estranho de ninguém nunca ter se revoltado antes contra esse governo opressor que proíbe o amor, especialmente levando em consideração que a época onde os nossos hormônios estão mais em ebulição e desejosos de amar é justamente na adolescência, o que é um tanto estranho pois no livro nessa idade a intervenção ainda não foi feita e seria muito fácil imaginar jovens revoltados com a situação. Mas imagino que a autora soube passar isso muito bem e de forma verosímil pois todos se encantam pela história. É uma pena que a narrativa seja um pouco parada até certo ponto, mas pelo menos podemos dá um desconto por se tratar de uma parte introdutória, porém necessária.
    Beijos!

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  5. aaah acho q esse livro é ootimo *...*
    muuita gente ta comentando sobre ele, to doida pra ler

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  6. Quero muito ler esse livro, tenho lido ótimas resenhas sobre ele!!

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  7. Muito boa a resenha: me dá mais vontade de ler, haha.

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  8. Tenho muita vontade de ler esse livro desde que eu li a sinopse dele que eu gostei muito. Fora o efeito da capa que eu achei bem legal.
    Mesmo você colocando que o começo do livro ser um pouco parado ainda vou dar uma chance para ele. E quero conhecer melhor a Lena e o Alex.
    Bjins.

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