20 de junho de 2023

RESENHA: Se não fosse você

Editora: Galera Record
Autor(a): Colleen Hoover
Número de páginas: 400
Sinopse: Morgan e Clara Grant são mãe e filha, e aparentemente não têm nada em comum.
Morgan engravidou muito nova, com dezesseis anos, e está determinada a evitar que sua filha passe pelas mesmas dificuldades que enfrentou. Colocando sempre a família em primeiro plano, Morgan deixou os próprios sonhos de lado para dedicar-se à filha e ao marido.
Clara, por sua vez, não quer seguir os passos da mãe – ela não consegue enxergar nada de espontâneo na personalidade de Morgan. No auge dos seus dezesseis anos, seu maior desejo é ir para a universidade estudar teatro, mesmo que os pais não incentivem a carreira.
Com personalidades incompatíveis e objetivos divergentes, a convivência entre Morgan e Clara está cada dia mais insustentável. A única pessoa capaz de criar um ambiente de paz é Chris – marido de Morgan, pai de Clara, o porto seguro da família. Mas essa paz é quebrada após um trágico acidente que muda completamente a vida das duas.
Enquanto Morgan luta para reconstruir tudo que desabou ao seu redor e encontra conforto na última pessoa que esperava, Clara só aumenta sua lista de rebeldias. Com o passar dos dias, novos segredos, ressentimentos e mal-entendidos fazem com que mãe e filha se afastem ainda mais... e a distância aumenta tanto ao ponto de uma reaproximação se tornar improvável. Depois de tanto tempo distantes e com muita coisa não dita, será que ainda há chances de que tudo fique bem? 
Em Se não fosse você, Colleen Hoover mais uma vez entrega aos leitores uma trama rica em desenvolvimento de personagens, fortes e complexas emoções e, principalmente, situações tão cruas quanto reais.

Olá gente lindaaaa!
Vocês piscaram e eu já cheguei com mais uma resenha. E é tão boa a sensação de ser uma leitora novamente... bora aproveitar essa fase enquanto dura, né?!
A indicação de hoje é o livro "Se não fosse você", de Colleen Hoover. Que a autora tem uma escrita que prende o leitor do início ao fim vocês já estão cansados de saber. E com este livro não foi diferente,  eu só consegui parar de ler quando concluí a leitura (minhas folgas foram muito bem aproveitadas rs). E, cá entre nós, essa capa nova na vibe "Jane Austen" não passa de uma tentativa de enganar o leitor e fazê-lo acreditar que "Se não fosse você" é apenas mais um romance qualquer. Não se deixe enganar. 
A história é narrada, de forma intercalada, por dois personagens: Morgan e Clara, que são mãe e filha. No início do livro conhecemos Morgan ainda na adolescência, bem como seu namorado, Chris, a irmã mais nova, Jenny, e o melhor amigo de seu namorado, Jonah. Por meio de algumas cenas e diálogos, acabamos percebendo que Morgan, apesar de gostar muito do namorado, parece ter uma conexão muito mais significativa com Jonah. No entanto, antes que o leitor possa ter a chance de imaginar um possível romance envolvendo traição ou a formação de um triângulo amoroso, a história logo toma um rumo diferente quando Morgan descobre que está grávida de Chris.
Dada essa introdução, há uma passagem no tempo e conhecemos Clara, filha de Morgan e Chris, já com dezesseis anos, tendo de lidar com os pais superprotetores. Desde que descobriu a gravidez, Morgan nunca mais teve sua própria identidade ou individualidade, e passou a viverem função da família e do lar. Agora que a filha está terminando o Ensino Médio e em breve irá para a universidade, é chegado o momento de voltar a focar na própria vida e nas próprias vontades, mas... ela não faz ideia de por onde começar. 
"Todos ao meu redor parecem ter um propósito, mas eu percebo que cheguei aos trinta e quatro anos sem ter uma vida própria, algo que não se resuma apenas em Clara e Chris. Eu não devia ser tão entediante." (página 59)
"Sinto como se estivesse cheia de potencial desperdiçado. Às vezes, meu peito parece oco, como se eu tivesse passado a vida sem encontrar nada importante o suficiente para preenchê-lo. Meu coração está cheio, mas é a única parte do meu corpo que parece ter algum peso." (página 62)
Por terem sido pais tão jovens, Morgan e Chris temem que o mesmo aconteça com Clara, por isso são bastante rígidos e cautelosos em relação à criação da filha, e talvez por isso não aprovem o sonho da jovem de se tornar atriz. Além de desejarem uma carreira mais convencional e rentável para a filha, seria muito melhor tê-la em uma universidade mais próxima. Enfim, a partir disso vamos nos familiarizando com o personagens, com a relação entre Morgan e Clara (que não é das melhores), com o fato de Jonah ter voltado a fazer parte da vida de todos após tantos anos, já que ele e Jenny simplesmente se reencontraram e TIVERAM UM BEBÊ. Do nada.
Em resumo, nesse primeiro momento, nada de muito especial. Conhecemos a dinâmica familiar, a crise existencial de uma mãe de 34 anos e uma jovem de 16 anos se descobrindo, se apaixonando, etc. Tudo  normal demais e muito pacífico para os padrões de Colleen Hoover. E é aí que acontece a primeira reviravolta da história, a partir da qual tudo muda. Acontece uma grande tragédia com a qual Morgan e Clara precisam lidar, e que acaba afetando ainda mais a relação entre elas. Além disso, não bastasse ter de lidar com a tristeza profunda, Morgan precisa fazer de tudo para que Clara jamais descubra a verdade, ainda que isso causa mal-entendidos desnecessários que torne a relação entre elas ainda pior. Mas, ainda assim, Morgan está decidida a passar por isso sozinha, a evitar, a todo custo, que Clara tenha uma grande decepção somada ao seu sofrimento recente. 
Eu adoraria poder dizer sobre o que se trata, mas seria um spoiler dos grandes. É preciso que vocês leiam si mesmos e sejam tão surpreendidos quanto eu fui.  Após essa primeira reviravolta, outras virão. Uma revelação mais chocante que a outra, uma traição mais covarde que a outra... A Colleen Hoover não sabe brincar, né?!
Em paralelo à relação cada vez mais conturbada entre mãe e filha, acompanhamos a relação entre clara e a melhora amiga, bem como sua relação com Miller, o garoto por quem ela é interessada há um tempo (embora não admita) e que a ignorava descaradamente até muito recentemente. Com certeza, o romance entre Clara e Miller é um colher de chá da autora para aliviar nossos corações diante de tantas revelações ao longo do livro. Merecemos um romance adolescente fofinho, né?!  
"Preciso parar de interagir com ele de toda forma, porque, por mais que eu me sinta bem nos momentos em que estamos juntos, está começando a doer quando nos separamos. E não preciso acrescentar mais sofrimento à pilha de sentimentos horríveis que já tenho." (página 125)
Durante a leitura eu sorri, chorei, me surpreendi, suspirei, fiquei com o coração apertado e com o coração quentinho na mesma medida. "Se não fosse você" tem elementos de romance, drama familiar, traições, perdas, redescobertas, autoconhecimento, perdão, aceitação, superação, recomeços etc. Tudo aquilo que sabemos que a autora sabe explorar muito bem em seus livros. Super recomendo a leitura!

Classificação: 

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!


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