23 de setembro de 2015

RESENHA: Dez Coisas que Aprendi sobre o Amor

Editora: Novo Conceito
Autor(a): Sarah Butler
Número de Páginas: 256

Sinopse: Por quase 30 anos, quando a brisa de Londres torna-se mais quente, Daniel caminha pelas margens do Tâmisa e senta-se em um banco. Entre as mãos, tem uma folha de papel e um envelope em que escreve apenas um nome, sempre o mesmo. Ele lista também algumas coisas: os desejos e o que gostaria de falar para sua filha, que ele nunca conheceu. Alice tem 30 anos e sente-se mais feliz longe de casa, sob um céu estrelado, rodeada pela imensidão do horizonte, em vez de segura entre quatro paredes. Londres está cheia de memórias de sua mãe que se fora muito cedo, deixando-a com uma família que ela não parece fazer parte. Agora, Alice está de volta porque seu pai está morrendo. Ela só pode dar-lhe um último adeus. Alice e Daniel parecem não ter nada em comum, exceto o amor pelas estrelas, cores e mirtilos. Mas, acima de tudo, o hábito de fazer listas de dez coisas que os tornam tristes ou felizes. O amor está em todas as partes desta história. Suas consequências também. Sejam boas ou más. Até que ponto uma mentira pode ser melhor do que a verdade?

Olá gente lindaaaa!!!
Hoje venho falar (novamente) sobre o livro "Dez Coisas que Aprendi sobre o Amor", um dos lançamentos de setembro do Grupo Editorial Novo Conceito.
Confiram minhas primeiras impressões sobre o livro e uma listinha com dez coisas que Eu aprendi sobre o amor AQUI.

O livro nos apresenta o ponto de vista de dois personagens principais, cujos caminhos vão se cruzar em determinado momento da história.
Alice, aos 28 anos, nunca encontrou um lugar em que se sentisse em casa, por isso está em constante movimento. Sempre se mudando de país em país, sempre sozinha.... sempre fugindo.
Daniel, por sua vez, é um morador de rua. Ao contrário do que se espera, ao invés de ficar sempre no mesmo lugar, ele também está em constante movimento - na cidade de Londres -, sempre observando, sempre procurando, sempre buscando alguma pista de alguém que nunca conheceu
"Há pessoas na minha situação que ficam no mesmo lugar, que desenham uma linha invisível ao redor de si mesmas e não a ultrapassam, mas não sei onde você está, por isso continuo me movendo." (página 26)
Alice finalmente está de volta à Londres, mas não por desejar reencontrar a família e tentar se identificar com suas raízes, mas porque o pai está morrendo. Ela não consegue lidar com isso, o que é natural, e não consegue entender por que ela nunca se sentiu acolhida em sua família. Sempre parece haver mais por trás da palavras, dos olhares. Sempre parece haver segredos e assuntos nos quais ela não é incluída. Agora, porém, Alice tem de lidar com a morte do pai e com o fato de que ainda não superou o término de seu relacionamento com Kal, um ex namorado. As coisas não parecem estar devidamente resolvidas em nenhum aspecto de sua vida. Tudo está por fazer, tudo está por resolver e a única coisa em que Alice consegue pensar é pegar o primeiro voo para o lugar mais distante que conseguir.
"Sento-me num dos bancos e olho para o relógio e me pergunto se há outras pessoas, como eu, que deixam mensagens pela cidade na esperança de que alguém as entenda." (página 43)
Ambos os pontos de vista são em primeira pessoa, o que nos permite conhecer um pouco mais os personagens. Os capítulos narrados por Alice são ricos em questionamentos, arrependimentos e fluxos de pensamento; muita hesitação em relação a tudo que envolva suas próprias emoções. Isso me irritou um pouco, embora eu a tenha compreendido um pouco. Já a narrativa de Daniel, toda direcionada à filha que ele busca há tantos anos, é como se fosse a confissão de um pai ausente, um contínuo pedido de desculpas pelos erros, pelas escolhas, pelos caminhos que o levaram para longe da filha, que nem ao menos conheceu. E o melhor de tudo, vendo as cores das coisas (a cor de cada letra, acredite!) e deixando mensagens - de cores - por onde passa.
Ambos os pontos de vista são sensíveis e poéticos e cada capítulo é iniciado por uma lista de dez itens que deixa os protagonistas felizes ou tristes.
"Você não pode sentir saudade de alguém que nunca conheceu. Mas eu sinto saudade de você." (página 79)
O livro não tem um clímax, nada de muito extraordinário acontece e a narrativa se mantem sem grandes acontecimentos, mas ainda assim achei o livro como um todo um grande acontecimento. Embora não seja um romance romântico ou meloso, o livro fala muito de amor, embora fale pouco. Muito fica por conta do não dito. Daquilo que a gente mais sente durante a leitura do que lê de fato.
"A questão é que você perde o ritmo do cotidiano. Dormir, se lavar, fazer a barba, comer, sair para o trabalho. A coisa toda se desintegra mais rápido do que você acha. Você me perguntará por que eu vivo como vivo. Você tem todo o direito. Mas há mais de uma resposta." (página 130)
O final é totalmente aberto e, embora eu tenha ficado um pouco frustrada a princípio, depois que digeri tudo, acho que foi como tinha de ser. Deu aquela impressão de... deixe as coisas rolarem, deixe que o tempo faça seu trabalho, cure as feridas e faça tudo renascer. Assim como os protagonistas estão sempre se movendo, cada qual por seus próprios motivos, o final do livro nos mostra que tudo acontece ao seu tempo. Não importa o quanto o você fuja ou o quanto você busque algo, o que tiver de ser vai ser.... mas na hora que tiver de ser.
"- Alice - diz ele, a voz macia e trêmula. - Não ia lhe contar isso...
- Então não conte.
[...]
- Às vezes é melhor deixar as coisas como estão, não acha? - pergunto." (página 247)
***
Eu não recomendo o livro pra você que procura uma história explosiva ou cheia de reviravoltas, mas se você busca algo sensível, poético e profundo, mas escrito de forma super leve, eu super recomendo.
Mas vá logo se preparando para fazer várias listas (virei a louca da lista após ler esse livro rs).

Classificação:

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

2 comentários

  1. Saudações Lady Amanda,
    SOCORRO com esse final, eu ficaria louca! Não sou boa em "deixar as coisas rolarem", nem um pouco boa mesmo nisso hauhauhauahuahauh
    Não conhecia o livro e ele me pareceu bastante sensível.
    Coloquei na lista, mas já sei que surtarei no final...


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  2. O livro parece conter uma estória muito comovente!! Gosto de livros que nos fazem refletir sobre alguma coisa, pois às vezes somos meios relapsos!! Poderia arriscar um palpite em relação ao final do livro, mas deixa pra lá!! Posso errar!!

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