8 de novembro de 2011

RESENHA: A Linguagem das Flores

Editora: Arqueiro (Cortesia)
Autor(a): Vanessa Diffenbaugh
Número de Páginas: 304

Sinopse: Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio. 
Olá galerinha!!
Finalmente sai mais uma resenha, né?! (já que na semana passada não teve nehuma. Nenhuminha sequer! =/) Maaaaas, pra compensar, já tenho duas resenhas prontas pra postar essa semana! (#todoscomemora!)
Mas, deixando o papo furado para outro dia, vamos ao que interessa: a resenha de hoje!


Vitória, hoje uma garota de 18 anos, teve uma vida difícil, cheia de amarguras e ressentimentos. Cresceu em vários lares provisórios, sob custódia do Estado, porque foi abandonada pela mãe ao nascer. E a única pessoa com quem teve contato frequente "fixo" desde que se conhece por gente é Meridith, sua assistente social.
"Meredith mantinha uma lista de meus defeitos em sua agenda e os lia à juíza como se fossem condenações. "Distante. Temperamental. Carrancuda. Sem remorsos." Eu me lembro de cada uma de suas palavras." (pág. 19)
Em toda sua vida (apesar de ter apenas 18 anos) Vitória aprendeu a "não se importar", não se apegar, não se entregar. A única coisa com a qual sempre foi sincera, foi com as flores e como o sentido, a linguagem de cada uma delas. Cardo, eis aí sua planta favorita. Cresce em qualquer canto e representa seu sentimento mais verdadeiro: Misantropia (ódio pela humanidade).
E ao completar 18 anos, vendo-se desabrigada (pois com a maioridade recebe também a emancipação), Vitória não tem a menor ideia de onde possa ir.  O que poderia fazer? Não havia terminado o Ensino Médio. não sabia fazer nada. Apenas gostava de flores, e sempre as usava para enviar mensagens a todos, ainda que ninguém compreendesse o que ela queria dizer. Melhor assim....
Vitória amava a linguagem das flores e, tudo o que sabia, aprendera com Elizabeth, sua última "quase mãe-adotiva", sua última tentativa de adoção, o último lar por onde passou antes de "pular" de abrigo em abrigo. Ela tinha chances de ser adotada e sabia disso, mas... como sempre... Vitória estragou tudo. Mas isso foi no passado. E nada disso importa mais. NADA!
Após vários dias dormindo na rua, comendo restos e correndo riscos, Vitória milagrosamente consegue um emprego numa floricultura, nada permanente, mas lhe dará o que comer durante uns dias.
Mas uma reviravolta está prestes a acontecer em sua mida e, ao reencontrar Grant, o passado insistirá em voltar á tona. As recordações que tanto reprime, tanto quer esquecer estarão mais presentes do que nunca. As coisas irão mudar. Dentro e fora de Vitória. O destino e o passado de ambos mudará, tornando a criança amargurada e revoltada que ainda existe em Vitória, se tornará uma mulher....
"Assim como Elizabeth, Grant era uma pessoa difícil de se esquecer. era mais do que o fato de nossos passados terem se cruzado, mais do que o desenho do álamo-branco (tempo), que, com seu mistério, me levou a descobrir a linguagem das flores." (pág. 90)
"Virei de frente para a janela e Grant colou seu corpo às minhas costas. seu coração batia contra a minha espinha. Contei as rosas brancas (um coração inexperiente no amor) desabrochadas sob o sol poente, 37 ao todo, mais do que qualquer outra cor." (pág. 163)

" - Costuma cozinhar tudo isso só para você? - perguntei.
- Às vezes. Quando não consigo tirá-la da cabeça. Mas hoje cozinhei para você. assim que a vi pular o portão, acendi o forno." (pág. 267)
 *********
Demorei um certo tempo para terminar de ler esse livro por conta da faculdade, mas, acredito que ainda que não tivesse nada para fazer, a leitura não fluiria rapidamente. Não por ser um livro ruim. Não é. Mas sim, por se tratar de uma leitura um pouco intensa demais. sabe quando você lê algo e aos poucos, com o virar das páginas, vai tentando pensar como a personagem, sentir como a personagem? Então, "A Linguagem das Flores" é um livro que faz isso com o leitor. E o sentimento de rejeição, de abandono, de remorso e de ressentimento que envolve Vitória, foi me envolvendo também. Às vezes senti indignação por suas atitudes, outras vezes, senti pena.... em outras, apenas compreensão.
A personagem cresce ao longo da trama, mas tem uma dificuldade MUITO grande em seguir em frente, em confiar nas pessoas, em amar as pessoas. Vitória realmente não espera NADA de ninguém. Seja algo bom ou ruim. Me entendem quando eu digo que é uma leitura intensa?
Bom.... em relação ao dicionário de flores que encontra-se ao final do livro, eu simplesmente AMEI!!! Eu adoro flores e achei suuuper interessante saber a linguagem expressa por cada uma delas. RECOMENDO, mas... leia como moderação. Sem pressa..... 

Classificação:

*****
Espero que gostem!

Beijos e amassos!!

2 comentários

  1. Olá Amanda!
    Gostei de sua resenha, quem gosta deste tipo de leitura é a Déia e você acabou de me dar um nome para um presente, ‘A linguagem das flores’. (sorrio)
    Colha bons dias!
    Abraço de um blogueiro navegante.

    “Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso.” (Jefhcardoso)

    Convido para que leia e comente “Amélia é que era mulher de verdade” em meu blog http://jefhcardoso.blogspot.com
    Caso goste do blog, conto com seu voto nessa segunda fase do Top Blog. Obrigado!

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  2. Esse livro parece ser bem interessante.
    Não tinha visto o lay do blog ainda mas ficou LINDÃO *-* amei!

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