Autor(a): David Hebert Lawrence
Número de Páginas: 342
Sinopse: Pelo papel que conferiu à paixão amorosa, às vezes em meticulosas descrições do amor físico, o britânico D. H. Lawrence causou polêmica em sua época, porém mais tarde passou a ser visto como um dos maiores renovadores da prosa de ficção no século XX. Em 1928, radicado em Florença, Lawrence publicou seu mais célebre romance, O Amante de Lady Chatterley, que conheceu sucessivas proibições e cujo texto integral só veio a público em 1959, em Nova York. A obra recria as relações entre uma aristocrática inglesa, seu marido (paralítico em conseqüência da guerra) e seu guarda florestal: ao mesmo tempo em que defende a liberdade sexual, ataca frontalmente as convenções sociais. O romance desenvolve o tema do conflito entre a imperiosa exigência do sexo e a serenidade do amor.
Olá galerinha!!!
Mais uma resenha fresquinha pra vocês!!
Sim, O Amante de Lady Chatterley!! Finalmente terminei de ler (após duas semanas!!). O livro é um clássico da literatura inglesa, escrito em 1928.
Constance, sempre fora uma mulher forte, dada à aventuras sexuais, porém sem envolvimentos emocionais. Aos 23 anos, casara-se com Clifford Chatterley, durante uma licença por ele passada em Londres. E após a lua de mel, partiu o moço, novamente para a guerra, de onde voltou aos pedaços, 6 meses depois. Após o ocorrido, foram ambos, morar em Wragby Hall, a sede do clã Chatterley, um lugar onde quase nunca fazia bom tempo. Clifford dependia totalmente de Constance, e sua firmeza fascinava-o, porém passados alguns anos,, Constance ia apagando-se, sentia falta do sol, dos prazeres... do sexo.
Já Clifford, achava tremenda tolice que o homem se rendesse à luxúria do sexo, afinal de contas, o verdadeiro prazer, a verdadeira imortalidade estava no intelecto. E seu único pesar era não poder fazer um herdeiro.
"Seria quase desejável que você tivesse um filho de outro homem. - volveu ele. - Se o criássemos em Wragby, esse filho nos pertenceria, a nós e à terra. Não dou grande importância à paternidade. Se criássemos a criança, ela seria nossa - e nos continuaria. Seria isso irrealizável?" (pág. 62)
Com o passar do tempo, Constance dedicava-se tanto ao marido, que foi adoecendo a olhos visto e, com a visita da irmã, Hilda, ficou decidido que contratariam alguém para cuidar de Clifford. E essa foi a oportunidade perfeita para que Constance tomasse novos ares e.... assim teve contato com o guarda-caça de seu marido. Humilhante! Que sujeito desagradável!!
"Constance sentia-se fraca e abandonada sem remissão. Ansiava por um socorro de fora. Mas nenhum socorro lhe vinha. A sociedade é terrível em sua insensatez." (pág. 113)
Sentindo por Mellors, o guarda-caça, um misto de raiva e desejo, acaba se envolvendo com o homem. Que sensação de leveza é essa? É certo que o homem é um tanto reservado, mas nota-se que é cheio de vida.... cheio de amor. E Constance, sendo Lady Chatterley, desconhece os problemas que tal envolvimento pode causar-lhe, mas Mellors, não. Ele teme a sociedade e por isso é reservado e frio. Constance sentia que Mellors era diferente. Ele não se parecia com nenhum homem com o qual já tivesse se aventurado. Ele não parecia se importar com o dinheiro, não passava a vida a correr atrás da Deusa-Cadela (prestício, poder, o dinheiro). E Clifford, com seus poemas e sua vida de artista a cansavam. Seus poemas, no final das contas, nada diziam. Eram um monte de palavras sem sentido, sem alma...
Mellers, que desde a partida da esposa, 10 anos antes, se recusara a estar com outra mulher. Orgulhava-se de sua solidão e foi-lhe um duro golpe estar a mercê do bel-prazer de uma mulher. De uma mulher como Constance, a Lady Chatterley.
"Separaram-se, e , enquanto Constance atravessava o parque, Mellors seguia-a com os olhos, quase amargurado. Aquela criatura o tinha de novo ligado à humanidade, e ele que tanto desejava a solidão. Custava-lhe, pois, a sua independência de homem que quer viver só."
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Enfim.... um clássico que me surpreendeu. Não por ter uma estória surpreendente ou algo assim, mas pela linguagem, às vezes chula, pelas descrições (detalhadas) do ato sexual. Muito me espanta que tenha sido escrito nos anos 20.
Confesso que a estória, em si, não é desagradável, pelo contrário, é bonita, mas..... achei o livro EXCESSIVAMENTE, EXAUSTIVAMENTE (e, "nojentamente") descritivo. O autor descreve nos mínimos detalhes, desde a paisagem ao ato sexual, sem economizar nas palavras e sem tentar suavizá-las, de modo que usa uma linguagem chula e vulgar na maioria das vezes (tá bom, ele faz isso o tempo todo!).
Sério, já li aqueles romances de banca, considerados eróticos e, notei que sempre há uma preocupação em não ser tão descritivo, pelo contrário, o texto é sempre cheio de "nove horas", suavizado (e, às vezes tem partes cortadas pela editora), mas nada se comparou à esse livro, de modo que, fui pega desprevenida, pois esperava mais sutileza de um clássico. (embora tenham me alertado quanto aos romances ingleses serem mais ousados). Recomendo o livro, se levar em consideração a estória em si (que é bonita), mas deixo claro que a linguagem não é muito agradável.
Espero que gostem!!
Beijos e amassos!!
O livro que escolhi da Martin foi Orgulho e preconceito, adoro ler romance de época e adorei mais um, e esse eu não conehcia.
ResponderExcluir@territoriodg
Bjss *-*
http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/
Esse romance lembra Jane Austen, a escrita? (ouvi falar) E é difícil de ler? Adorei a resenha
ResponderExcluirbeijos