Autor(a): Gayle Forman
Número de Páginas: 240
Sinopse: Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medido em passos não em milhas, não em continentes, não em anos , e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado. Com a mesma força dramática de Se Eu Ficar, agora pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa da esperança e a chama do amor que renasce.
Olá gente linda!!!
Eu finalmente li a continuação de "Se eu ficar" e, confesso que gostei bem mais do que do primeiro.
Ainda não assisti ao filme, por isso não sei se a adaptação foca apenas no primeiro livro ou se é baseado nos dois.
ATENÇÃO: Esta resenha contém spoilers do livro anterior.
Diferentemente de "Se eu ficar", desta vez a história é narrada por Adam e, talvez por isso eu tenha gostado mais. Achei que esse livro, apesar de não apresentar temas tão densos e dramáticos quanto o primeiro, é mais sensível, mais profundo. Acho que consegui me conectar com Adam muito mais do que com a Mia no livro anterior.
Três anos se passaram desde que Mia ficou entre a vida e morte e desde que, após se recuperar do acidente que matou sua família, ela partiu para Nova York, para Julliard deixando para trás o seu passado. E Adam.
Adam, por sua vez, após um tempo "na fossa", sofrendo o abandono de Mia e descontando seu sofrimento na composição de músicas, hoje é um verdadeiro astro do rock e sua banda, a Shooting Stars, arrasta multidões por onde passa. Olhando por esse ângulo parece até uma compensação razoável, né?! Mas logo no início do livro vamos tomando conhecimento da nova vida de Adam, de sua relação com os integrantes da banda, de seu ressentimento em relação a Mia... de sua solidão. Adam se tornou recluso, se é que isso é possível.
Sabe aquele típico astro do rock que é um tanto perturbado, não suporta mais o assédio, não tem paciência para entrevistas... Adam se tornou esse cara. Num primeiro momento ele me pareceu esnobe por isso, mas vamos conhecendo seu sofrimento, o modo como o rompimento com Mia, anos atrás, o devastou tão completamente que afetou até mesmo sua relação com a banda.
"Muita gente venderia um rim para experimentar um pouquinho do tipo de vida que eu tenho. Ainda assim, sinto necessidade de me lembrar da temporalidade de um dia, me assegurar de que passei pelo dia de ontem, que vou passar pelo dia de hoje." (página 9)
Como eu disse, o novo Adam é um pouco perturbado. Além de fumante, ele é dependente de comprimidos para controlar seus ataques de pânico e ansiedade. Apesar da fama e do assédio, ele não suporta estar em lugares fechados e lotados e entra em pânico diante de uma multidão. Irônico, né?!
Apesar de ainda estar colhendo os frutos de seu álbum "Collateral damage", composto de músicas escritas em seu período de depressão, Adam já não sente pela música o amor que sentia no início. Ele vive no piloto automático. Apenas vivendo um dia após o outro...
"Mia... você não entende? A música é o vazio. E você é o motivo." (página 109)
Após alguns compromissos em Nova York e uma entrevista que não terminou nada bem, a banda segue para Londres, para cumprir outros compromissos. Adam, por sua vez, evitando um voo em uma sexta-feira 13, decide ir apenas no dia seguinte. É justamente nesse dia, perambulando pelas ruas de Nova York, portando apenas um boné e um óculos de Sol como disfarce, que Adam fica sabendo que Mia se apresentará à noite. Mia. A mesma Mia que o abandonou sem se despedir, sem terminar, sem se justificar. A mesma Mia que o persegue ainda hoje.
"Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medido em passos – não em milhas, não em continentes, não em anos –, e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado.” (página 48)
Ahhh, esse reencontro!
O livro se passa em um dia é basicamente a narração do reencontro entre Adam e Mia. Assim como o primeiro livro, a história é mesclada com flash backs que tornam os acontecimentos mais claros. A tensão, a expectativa, o ressentimento ficam rodando durante o livro todo e, conforme Mia vai mostrando seus lugares favoritos de Nova York para Adam, há também a presença das palavras não ditas. As palavras que ambos sabem estar presentes, que ambos sabem que serão verbalizadas a qualquer momentos...
"Deixar para trás. Todo mundo fala como se fosse a coisa mais fácil. Abrir seus dedos um a um até sua mãe ficar aberta. Mas minha mão ficou fechada num punho por três anos, e agora está bem fechada. Eu estou todo congelado. E prestes a apagar completamente." (página 161)
***
Se você leu "Se eu ficar" e adorou, ou se leu e achou que poderia ter sido melhor, NÃO PERCA TEMPO E LEIA "PARA ONDE ELA FOI"!
Juro que no final vai valer a pena.... apesar de o livro mostrar que Mia e Adam não tiveram um final feliz em se eu ficar, eles com certeza vão tentar dar um jeito nisso. Após colocar os pingos nos "i"s e curar suas feridas os bons sentimentos virão à tona.
Durante toda a história eu me peguei tomando as dores de Adam e sentindo certo ressentimento em relação a Mia, mas conforme ela vai se explicando, fica mais compreensível, mais razoável. "Para onde ela foi" foi exatamente a continuação que "Se eu ficar" precisava. Nada de finais felizes, isso seria impossível dada toda a situação ocorrida no livro anterior, mas um final sofrido, difícil, mas de uma superação absoluta. Vale a pena ler!
P.S.: Agora eu só torço para que também haja um filme. Mal posso esperar pela trilha sonora! rs
Juro que no final vai valer a pena.... apesar de o livro mostrar que Mia e Adam não tiveram um final feliz em se eu ficar, eles com certeza vão tentar dar um jeito nisso. Após colocar os pingos nos "i"s e curar suas feridas os bons sentimentos virão à tona.
Durante toda a história eu me peguei tomando as dores de Adam e sentindo certo ressentimento em relação a Mia, mas conforme ela vai se explicando, fica mais compreensível, mais razoável. "Para onde ela foi" foi exatamente a continuação que "Se eu ficar" precisava. Nada de finais felizes, isso seria impossível dada toda a situação ocorrida no livro anterior, mas um final sofrido, difícil, mas de uma superação absoluta. Vale a pena ler!
P.S.: Agora eu só torço para que também haja um filme. Mal posso esperar pela trilha sonora! rs
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Espero que gostem!!
Beijos e amassos!!