Autor(a): Carina Rissi
Número de Páginas: 364
Sinopse: Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...
Olá gente lindaaaaa!
Pode ser que eu seja uma das poucas que ainda não havia lido o livro "Perdida" da Carina Rissi, mas.... posso dizer que toda a vontade que eu tinha de ler e toda a espera pelo meu próprio exemplar valeu muito a pena. Perdida é uma história de amor pouco convencional que... peca no clichê? Sim, mas como eu sempre digo: quem se importa se há clichê? Eu AMO clichês! hahaha
Aos 24 anos, Sofia vive na correria do dia-a-dia... da casa pro trabalho, do trabalho para casa. Aguentando o chega mal humorado, mas com a esperança de algum dia ser promovida, ela passa seus dias suportando uma profissão que não gosta, mal tendo tempo para qualquer outra coisa.
Após a morte dos pais, alguns anos antes, a única pessoa com que Sofia pode contar é Nina, sua única e melhor amiga que, de um jeito ou de outro, está sempre tendo arrancá-la de dentro do apartamento e fazer com que ela se divirta um pouco, pra variar.
Em uma saída por obrigação com Nina e Rafa (o namorado de Nina), Sofia acaba passando da conta no quesito álcool e deixa seu celular cair dentro da privada. Òbvioooo que ele ficou por lá mesmo, né?! No dia seguinte, um sábado de manhã... uma manhã particularmente parada na cidade, quase não havia uma vivalma nas ruas, Sofia decide comprar um celular novo, já que não se imagina vivendo sem o mínimo de tecnologia que o aparelho pode lhe oferecer.
Porém, após ser atendida por uma vendedora sinistra e comprar um aparelho estranho, ela percebe que a porcaria do celular não funciona... acaba levando um tropeção enquanto voltava à loja para exigir seu dinheiro de volta e, algo estranho aconteceu. O celular finalmente ligou e dele saiu uma luz ofuscante que a cegou por alguns minutos e, quando voltou a abrir os olhos, tudo ao seu redor estava diferente. Onde estão as ruas? Os prédios? A pracinha??
"Fechei os olhos e os apertei bem forte, rezando para que, quando o abrisse outra vez, tudo tivesse voltado ao normal. Então ouvi um barulho. Abri os olhos e avistei um homem em cima de um cavalo marrom-claro vindo em minha direção. Estreitei os olhos para entender o que estava vendo.Realmente era um homem em um cavalo!(...)Admirei o homem, completamente confusa. Suas roupas eram muito esquisitas e antigas. Muito, muito antigas! Vestia um casaco escuro e comprido, um colete sob ele, gravata - ou talvez fosse um lenço branco amarrado no pescoço - e botas pretas na altura dos joelhos. Ele estaria indo para uma festa à fantasia? Ou um casamento temático, talvez?" (páginas 29-30)
Imagine o choque de Sofia ao se deparar com pessoas estranhas. Estranhas de verdade! Que, mesmo com o calor, vestem-se com vestidos bufantes, espartilhos apertados e... a famosa moda cebola, camadas e mais camadas de roupas. Sem contar os modos extremamente antiquados...
Sofia não poderia estar se sentindo mais como um peixe fora d'água, como se sentia agora. Choque maior ainda é descobrir que foi parar em 1830! Como isso é possível?? Culpa daquela vendedora macumbeira! Agora Sofia tem que completar uma jornada, que ela nem imagina qual seja e encontrar o que procura, sem nem mesmo saber do que se trata. Ou seja, ela está perdida dois séculos antes do seu e não tem a mínima ideia de como voltar para casa.
O fato é que, assim que é encontrada e ajudada por Ian Clarke, o charmoso cavaleiro, que apesar de chocado com as roupas (ou falta delas) de Sofia, a leva para sua casa com toda a hospitalidade do mundo. Ian é um fofo, gente! <3
O maior problema, com certeza, será se adaptar às limitações impostas pelo século e a falta de tecnologia... falta de eletricidade e de muitas outras coisas que nem ao menos paramos para pensar e dar o devido valor, mas que são muito mais importantes e úteis que um celular.
"Oh, Deus, por favor! Permita que eles já existam, por favor!- Senhorita? - Ian me lançou um olhar preocupado. - Está se sentindo bem?- Cadê os banheiros? - perguntei em pânico.- Banheiros?Ah não!Não! Não! Não!- Sim. Banheiros. Onde se toma banho... Por favor, me diga que você tem pelo nenos um nesta casa! Por favor!Ian ficou confuso. Muito confuso. Então eu soube a resposta.Nada de banheiros." (página 54)
Com o passar dos dias, tentando descobrir qual é a tal jornada que precisa completar e tentando justificar sua falta de modos para o século XIX, sem dizer a verdade a Ian, Sofia vai se adaptando ao lugar e se apegando às pessoas. Não é mais tão desagradável estar ali... é meio como estar em casa. Pode parecer loucura, mas... ela começa a se sentir em casa, em família. Sua pressa em ir embora nem é mais tão presente assim, mas ela sabe que sua partida é inevitável e que ela não pode, de jeito nenhum, se afeiçoar demais às pessoas, muito menos à Ian. (embora eu ache impossível não se afeiçoar um cara gentil, fofo, lindo, com cabelo e olhos negros e um sorriso desconcertante como Ian).
"- Você é incrível, Ian! - A seu modo, ele tentava me proteger de um estranho sobre o qual não tinha nenhuma informação. Fiquei um pouco emocionada. - Você foi a melhor coisa que encontrei aqui, sabia?Então seus lábios se abriram em um sorriso de tirar o fôlego, os olhos brilharam e achei que meu coração fosse parar de bater.Oh-oh!- E você foi a melhor coisa que encontrei em toda minha vida. - Seu olhar queimava, sua voz baixa e rouca me provocou arrepios, minha cabeça girava e meu coração acelerou de tal forma que temi que pudesse saltar do peito." (página 141)
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Acho que todo mundo sabe o que acontece, né?! Acho que é óbvio que, mesmo sabendo das consequência, é impossível resistir aos encantos de Ian, né?! Ainda assim, mesmo com a previsibilidade de certos aspectos da história, em alguns momentos o leitor é surpreendido. Apesar dos clichês e tal.... o livro me prendeu do princípio ao fim e me encantou a cada página. Impossível não rir com as sais justas de Sofia, com o constrangimento constante de Ian diante do linguajar e do atrevimento de Sofia... impossível não torcer pelo casal.
Como muitos de você devem saber, a Carina divulgou que o livro vai ser adaptado para o cinema e eu estou surtando de expectativa e... apesar de no livro Ian ter apenas 21 anos, eu não consigo imagina um ator melhor para interpretá-lo do que o lindo, charmoso Ricardo Tozzi! <3
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Espero que gostem!!
Beijos e amassos!!